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Progresso

Governo de Cingapura anuncia que vai descriminalizar sexo entre homens

Medida representa um avanço para comunidade LGBTQ do país, mas grupos conservadores protestaram

Comunidade LGBTQIA+ do país asiático celebrou a mudança na lei colonial - Imagem: Freepik
Comunidade LGBTQIA+ do país asiático celebrou a mudança na lei colonial - Imagem: Freepik

Mateus Omena Publicado em 22/08/2022, às 18h44


O primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, disse no último domingo (21) que o país vai descriminalizar a relação sexual entre homens. Em discurso à população, o premiê afirmou que a sociedade local está mais aberta ao tema.

“Acredito que esta é a coisa certa a fazer, e algo que a maioria dos cingapurenses agora aceitarão”, declarou.

No entanto, Loong não informou quando a nova lei entrará em vigor. Até lá, será necessário revogar uma seção da Constituição de Cingapura que determina a prisão de homens pegos em flagrantes tendo relações sexuais entre si. Por outro lado, há anos as autoridades não registram uma detenção por este motivo.

A legislação do país não especifica infração para sexo entre mulheres.

Embora tenham sido notados alguns avanços em medidas de combate á discriminação, Cingapura vai manter o casamento restrito para a união entre homem e mulher.

“Acreditamos que o casamento deve ser entre um homem e uma mulher, que as crianças devem ser criadas dentro de tais famílias, que a família tradicional deve formar o alicerce básico da sociedade”, explicou o premiê.

Essa limitação não foi bem recebida pela comunidade LGBTQIA+ e outros cidadãos, que questionaram a decisão do governo.

Os representantes de organizações da sigla declararam que o fim na política pública contra as relações sexuais entre homens traz um “alivio” para a comunidade, especialmente por simbolizar um grande passo contra a descriminação.

No entanto, apontaram que ainda existem legislações que podem perpetuar o preconceito a homossexuais.

Uma aliança de igrejas de Cingapura criticou a decisão. Declarou que a descriminalização vai contra a “família tradicional” e que as crianças devem ser criadas por este princípio.

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