O continente leva o nome de Argolândia é tem cerca de 5.000 quilômetros de extensão
Ana Rodrigues Publicado em 21/11/2023, às 12h08
Cientistas da Universidade de Utrecht, na Holanda, afirmou que encontraram a Argolândia - um continente que foi formado há 155 milhões de anos e que desapareceu. Entenda essa descoberta.
Segundo o UOL, a Argolândia é um imenso pedaço de terra com 5.000 quilômetros de extensão. Os cientistas sabiam que o continente existia, porém, até então, não conseguiam decifrar para onde ele tinha ido.
O continente se separou do oeste da Austrália. Na época, o que hoje se conhece por Austrália fazia parte do supercontinente de Gonduana, que também incluía a América do Sul, a África, a Índia e a Antártida.
Fósseis, cadeias de montanhas e rochas indicavam a existência da Argolândia. Outro vestígio é a Planície Abissal de Argo, uma enorme bacia que fica nas profundezas do oceano na região oeste da Austrália.
Segundo geólogos holandeses, o continente acabou se fragmentando após a separação com a Austrália.
Cada um dos pedaços tiveram destinos diferentes. Uma parte afundou e está em placas oceânicas sob o sudeste da Ásia. A Indonésia e Mianmar também têm fragmentos.
Para conseguir localizar os pedaços do continente, modelos de computador foram usados pelos cientistas para desvendar o paradeiro do continente, onde a pesquisa durou sete anos.
Nós estávamos lidando com ilhas de informação e, por isso, a pesquisa demorou tanto tempo. Passamos sete anos tentando montar esse quebra-cabeças. (...) O fato de a Argolândia ter se dividido em diferentes pedaços obstruiu a nossa visão sobre a jornada feita pelo continente", declarou Eldert Advokaat, um dos cientistas.
Os pesquisadores defendem que o continente deve ser chamado de Argopélago, diante da descoberta de que a Argolândia se separou em vários pedaços.
Os pesquisadores também querem entender a chamada "linha Wallace". Essa divisão é uma espécie de barreira invisível que separa a fauna do sudeste asiático da encontrada na Austrália.
Os animais separados pela linha são muito diferentes e não se misturam. Do lado oeste mamíferos placentários, como macacos, tigres e elefantes; já no leste encontram-se marsupiais, como o canguru, e cacatuas. A partir das descobertas sobre a Argolândia, os cientistas querem compreender processos de evolução da biodiversidade e do clima no planeta.
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