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Camilla se torna rainha consorte após morte de Elizabeth 2ª; saiba o que os britânicos pensam dela

Duquesa assume novo título com histórico de polêmicas e críticas

Camilla, Duquesa da Cornualha - Imagem: Reprodução/Facebook
Camilla, Duquesa da Cornualha - Imagem: Reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 08/09/2022, às 17h34


Com a morte da rainha Elizabeth II, nesta quinta-feira (8), a Duquesa da Cornualha, Camilla, se torna rainha consorte do Reino Unido.

Ela recebe o título em meio à coroação de Charles como o novo rei e chefe de Estado do Reino Unido.

Por definição, o título de rainha consorte é dado à esposa do rei vigente. Embora Camilla possua o título equivalente ao de Charles, ela não tem a mesma soberania que o marido ou seus poderes políticos e militares.

Por outro lado, o site oficial da família real explica que "a não ser que algo diferente seja decidido, a rainha consorte é coroada com o rei, em uma cerimônia similar, porém mais simples".

Quem é Camilla?

Assim como o marido, Camilla Shand, 75 anos, enfrenta uma forte resistência de parte dos britânicos devido aos escândalos envolvendo seu relacionamento com Charles.

No entanto, as críticas à Duquesa se associam também à memória de Lady Di, ainda muito querida pela população mesmo 25 anos após sua morte.

O novo rei e sua rainha se casaram em 2005. Mesmo assim, o casal é marcado por polêmicas e má reputação, principalmente sobre fama de antipático que o próprio Charles carrega e a traição cometida por ele, enquanto era casado com Diana, tendo Camilla como amante.

Antes disso, Camilla foi casada com Andrew Parker Bowles entre 1973 e 1995, e os dois tiveram dois filhos juntos. Contudo, o casamento deles começou a se tornar "aberto", quando os dois cometiam adultério e sabiam do que o outro fazia. Isso gerou uma onda de manchetes e notícias de tablóides.

Camilla e Charles já se conheciam desde 1971, e tiveram um relacionamento que durou até 1973. Mas, existem divergências sobre os motivos do término. A maioria dos biógrafos concorda que o casamento de Charles com Camilla não teria sido aprovado pela família real, pois ela não era considerada uma "noiva adequada" para um futuro rei.

Por outro lado, Charles casou-se com Diana em 1981. Ainda assim, ele e Camilla mantiveram contato. No início dos anos 80, havia rumores de que eles mantinham uma relação extraconjugal, e Diana culpou o adultério de ser o motivo de sua separação na biografia "Diana: Her True Story", de Andrew Morton, publicada pela primeira vez em 1992.

O casamento de Charles e Camilla aconteceu em 9 de abril de 2005. A união foi marcada por polêmica religiosa, porque a igreja anglicana não aceitava o casamento de pessoas divorciadas.

Apesar de tudo, Camilla recebeu a "aprovação pública" da rainha Elizabeth II durante o jubileu de platina da monarca, em fevereiro de 2022. Na época, Elizabeth 2ª comemorava 70 anos de seu reinado com um anúncio especial.

"Quando, na plenitude do tempo, meu filho Charles se tornar rei, sei que vocês darão a ele e à sua esposa Camilla o mesmo apoio que têm dado a mim; e é o meu sincero desejo que, quando a hora chegar, Camilla será conhecida como rainha consorte enquanto continua seu serviço leal”, disse.

O que pensa a nova rainha a respeito de sua popularidade?

Em uma entrevista concedida à revista Vogue britânica em junho deste ano, Camilla se manifestou sobre a forma como foi avaliada pelo público e pela imprensa desde que iniciou o relacionamento com Charles.

“Não é fácil. Eu fui escrutinada por tanto tempo que você simplesmente precisa encontrar uma maneira de viver com isso. Ninguém gosta de ser vigiada o tempo todo, criticada e... eu acho que no fim, eu meio que passo por cima disso e tento conviver com isso. Cada um tem que ter sua própria vida”, declarou.

Atualmente, ela ajuda o marido em seus deveres oficiais, e também lidera organizações de caridade e outros projetos de assistência pública.

De acordo com um dos sites oficiais da família real, Camilla apoia mais de 90 organizações com seu título de Duquesa da Cornualha.

Entre as principais frentes em que a nova rainha atua estão: saúde, alfabetização, alimentação, causas animais, auxílio a pessoas em situação de vulnerabilidade, vítimas de estupro, abuso sexual e violência doméstica, além do empoderamento de mulheres e artes.

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