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COLUNA

Cristianismo perseguido

Karl Marx. - Imagem: Reprodução
Karl Marx. - Imagem: Reprodução
Marcelo Emerson

por Marcelo Emerson

Publicado em 16/02/2023, às 09h31


O revolucionário socialista KarlMarx escreveu que: “A abolição da religião, enquanto felicidade ilusória dos homens, é a exigência da sua felicidade real”. O marxismo tem em seu DNA a marca do combate às religiões, pois, segundo as convicções do pai do marxismo, as religiões se prestam a tornar as massas indolentes em relação aos fins da revolução do proletariado.

Entretanto, os perpetuadores do pensamento de Karl Marx sabiam que há toda uma estrutura de arquétipos na mente humana que torna os indivíduos propensos às crenças religiosa, motivo pelo qual a prática marxista sempre representou os seus ícones como personagens divinos.

Não há surpresa ao nos depararmos com ilustração que representam o próprio Karl Marx como o próprio Deus da pintura que adorna a Capela Sistina e outros líderes políticos como Lêninpintados como os santos da hagiografia católica.

Ademais disso, têm sido cada vez mais frequentes as denúncias de perseguição a líderes religiosos em países cujos governos estão sob a marca do marxismo, como é o exemplo da Coreia do Norte.

Tal realidade deixa apreensivos os cristãos de todo o mundo. Aquele que adota o cristianismo como sua confissão de fé tem a convicção que a obra que Cristo realizou na Terra era a atuação do próprio Deus na história humana.

Porém, há que se ressaltar que no campo da política a confissão de fé deve ser ponderada, de modo que a história deve ser erigida como cabedal de fatos relevantes na formulação das políticas e ideologias.

Apenas a título de exemplo, vale lembrar que o cristianismofoi combatido por autoridades sacerdotais em sua região de origem e houve cruel perseguição aos cristãos por um dos mais poderosos impérios que a história tem notícia: o Império Romano.

Foram mais de 300 anos em que os cristãos eram jogados aos leões no Coliseu. Somente em 313 d.C. o imperador Constantino, (na versão da história oficial, influenciado por sua mãe Helena, que havia se convertido ao cristianismo) outorgou o Édito de Milão, proibindo a perseguição aos cristãos.

Nem por isso as doutrinas que colocam Jesus Cristo como Senhor e Salvador de toda a humanidade foram banidas ou, tampouco, houve a extinção de todos os cristãos do mundo. Pelo contrário, o cristianismo se expandiu de tal forma que o Imperador Teodósio I outorgou o édito de Tessalônica, no ano de 380 d. C., tornando o cristianismo a religião oficial do Império Romano.

Como disse Jesus Cristo em João 16:33: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.

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