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Resenha com o Kascão

Abismo técnico no Mundial de Clubes?

Mundial de Clubes da Fifa - Imagem: Reprodução | Globo Esporte
Mundial de Clubes da Fifa - Imagem: Reprodução | Globo Esporte

Renato Nalesso Publicado em 18/12/2023, às 08h18


Nesta segunda a tarde começa o Mundial de Clubes da Fifa. Para a galera aqui em São Paulo esta disputa está meio sem graça porque lá na Arábia Saudita quem vai representar o futebol brasileiro é o Fluminense do Rio. E posso falar? Acho que poucas vezes na história existiu um abismo técnico tão grande entre as equipes. Isso mesmo! Que me perdoem os cariocas mas não dá pra acreditar que um time tão desequilibrado, que não venceu quase ninguém fora de casa no Brasileirão, vai superar uma potência como o Manchester City do Guardiola. Aliás, sendo bem sincero, o  Tricolor carioca tem que se dar por contente se superar os egípcios do Al-Ahly, que tem uma equipe taticamente muito forte.
É verdade que para os padrões daqui o Flu tem um time bem competitivo, sobretudo do meio pra frente. Os destaques pra mim são o volante André, que não à toa está na Seleção Brasileira, e os atacantes John Kennedy e o artilheiro Cano, que tem números realmente impressionantes. O argentino, que veste a camisa 14, foi artilheiro do Cariocão e da Libertadores, ambas vencidas pelo Fluminense. São 39 gols na temporada 2023. E olha que ele já tinha marcado 44 em 70 jogos ano passado. Mas será que ele vai brilhar neste Mundial? Será um baita desafio.
Óbvio que em momentos como esses o torcedor se apega ao imponderável. Eu vi com meus olhos o Internacional vencer o poderoso Barcelona do Ronaldinho Gaúcho em 2006. E com gol do Adriano Gabiru, é mole? O São Paulo do Rogerio Ceni já tinha batido no Liverpool e depois o Corinthians também superou o Chelsea. Ninguém acreditava e aconteceu! Portanto respeito o espírito otimista do torcedor do Flu. Milagres existem, mas veremos se vai acontecer lá na Arábia.
Máximo respeito!
Cansei de ver nas últimas temperadas os clubes rifando seus principais jogadores para cobrir dívidas e atrasos em folhas salariais. Isso quando os dirigentes não cometem erros gravíssimos de gestão, como ficar na mão de empresários por pedir empréstimo de dinheiro aos mesmos. O Corinthians, por exemplo, perdeu quase um time inteiro em 2015 (que tinha acabado de ser campeão do Brasileirão), porque existiam contratos frágeis. E recentemente, que vendeu o zagueiro Murillo ao futebol inglês por 'desespero' de caixa? Agora vejo o Bahia, que virou SAF e hoje é comandado pelo Grupo City, pedir impressionantes R$ 269 milhões para liberar o meia Cauly para o Palmeiras. Parabéns! O futebol precisa ser administrado de maneira profissional. Chega de amadorismo! Esse tipo de gestão oriunda de clubes sociais está sepultando muito clube Brasil afora. 
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