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De Olho na Cidade, por Fábio Behrend

Ping-pong do Poder com Gilberto Kassab e a CPI da Enel ainda sem relator

Ex vereador, deputado, prefeito e ministro, o secretário de Governo de Tarcísio de Freitas é presidente do PSD e estreia a seção “Pingue-pongue do Poder”

Gilberto Kassab. - Imagem: Reprodução | Agência Brasil
Gilberto Kassab. - Imagem: Reprodução | Agência Brasil
Fábio Behrend

por Fábio Behrend

Publicado em 17/11/2023, às 06h24


O PSD é o partido que mais cresce no estado e já conta com mais de 50% dos prefeitos. O que fazer para que essa representatividade também chegue às câmaras municipais, principalmente a de São Paulo, onde há apenas 3 cadeiras do partido?

Kassab: Eu acredito que esse é um processo que irá acontecer naturalmente. Por conta de articulações que vem acontecendo diretamente nos municípios, muitos prefeitos se filiaram ao PSD ao longo deste ano. O partido está se preparando para ter candidatos majoritários fortes em praticamente todos os municípios do estado. É um processo natural que as chapas para vereador se fortaleçam. Teremos candidatos muito qualificados, também na capital. Hoje temos vereadores com atuação destacada na Câmara paulistana, que devem ajudar na formação da próxima chapa.

Há vários nomes cotados para vice na chapa de Ricardo Nunes no ano que vem. Nenhum deles, por enquanto, é do seu partido. Com sua experiência, qual seria o perfil ideal do futuro vice de Ricardo Nunes?

Kassab: É uma escolha importante. Deve ser um nome que acrescente qualidades à chapa, que esteja pronto para comandar a cidade em qualquer eventualidade. Tivemos exemplos recentes que demonstram que os vice-prefeitos podem vir a comandar a cidade, e esses nomes corresponderam, como foi o caso do Ricardo Nunes com a triste partida do Bruno Covas. É um processo de escolha natural que vai acontecer no momento certo, com a formalização das alianças.

O senhor tem feito parte de um grande esforço do governo para convencer prefeitos, deputados e vereadores de todo o estado de que a privatização da Sabesp será boa para São Paulo. Incluir a capital parece ser a missão mais difícil dessa empreitada. É possível quebrar a resistência inicial dos vereadores à privatização?

Kassab: Em primeiro lugar, acho que o debate franco em casos como esse é fundamental. O que os estudos mostram, e o que queremos demonstrar aos municípios, e à capital em especial, é que a privatização vai fortalecer a empresa. O Estado ainda terá participação nas decisões, mas a Sabesp privatizada poderá antecipar a realização de marcos do saneamento, inclusive na região da Guarapiranga e nas demais represas da Grande São Paulo. Todas as opiniões e demandas devem ser debatidas agora, para que tenhamos 100% de saneamento básico no Estado o mais brevemente possível.

Confusão do PT na CPI da Enel na Câmara

Ao contrário do publicado na última semana, Senival Moura, além de não ter sido nomeado relator da CPI da Enel, sequer continua integrante da comissão. É que pegou mal a decisão do PT de nomeá-lo para a CPI, motivada pela juventude e inexperiência de Luna Zarattini, vereadora de 29 anos que assumiu o cargo em março e foi a primeira dos 55 vereadores a protocolar pedido de criação da CPI. 

Bastidores

Preterida pela bancada do PT, a novata reagiu como veterana. Acionou contatos e iniciou uma discreta e bem sucedida campanha para convencer os colegas petistas de que dá conta do recado. A decisão de “desnomear” Senival e indicar Luna foi divulgada ontem. Ela é filha do deputado federal Carlos Zarattini e quer ser relatora da CPI, pois existe um acordo para que o cargo seja da oposição. Segundo alguns vereadores, que pediram anonimato, Luna terá que convencer também quem realmente dá as cartas no Palácio Anchieta, o presidente Milton Leite.

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