O “tradicional” loteamento das subprefeituras, Tabata de marqueteiro novo e a Buser em risco

O mapa político das subprefeituras vai mudar

O loteamento das subprefeituras para os vereadores é prática tradicional de relacionamento entre Executivo e Legislativo municipal desde os anos de 1980. Os vereadores da situação dominam os 32 territórios, independentemente dos partidos aos quais pertencem. A “divisão” atende a critérios como área de atuação, votação efetiva, potencial de votos e interesses estratégico de vereadores, prefeito e comando do legislativo nas regiões.

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Sandra Tadeu, que saiu do União Brasil e foi para o PL, Xexéu Trípoli, ex-tucano que foi para o União Brasil, Janaina Lima, que trocou o MDB pelo PP e Rute Costa, que deixou o PSDB e também foi para o PL, correm risco de perder sua influência, respectivamente, nas subprefeituras de Itaquera, Pinheiros, Santo Amaro e Mooca.

Novos donos

Por enquanto, só houve mudanças na subprefeitura de Pinheiros. Saiu o subprefeito Leonardo Casal Santos, indicado por Xexéu Tripoli e entrou como “designado”, ou seja, provisório, Alan Nunes Cortez. As eventuais substituições dos subprefeitos de Itaquera, Pinheiros, Santo Amaro e do chefe de gabinete da Mooca são o assunto do momento nos corredores da Câmara Municipal. Uma coisa é certa, não haverá um pacote abrupto de mudanças, tudo deve acontecer paulatinamente, para não gerar descontentamentos na base do prefeito em ano eleitoral.

Veto polêmico

Já se passaram 45 dias desde que o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, e o líder no governo, Fábio Riva, prometeram ao vereador Celso Giannazi que iriam resolver o veto do prefeito Ricardo Nunes ao PL 658/21, que cria uma carteira de identidade digital para os servidores públicos. O projeto foi vetado por Nunes no início do ano, mesmo após ter recebido emendas do Executivo e apesar do acordo firmado entre a Casa Civil e o Legislativo, de aprovar projetos de qualquer vereador que tenham sido submetidos ao crivo prévio da prefeitura. “É pessoal, foi o próprio prefeito que decidiu vetar”, afirmou Giannazi à coluna.

Novo marqueteiro

Falta apenas uma conversa com Geraldo Alckmin, que deve acontecer até domingo, para que o ex-marqueteiro de Bruno Covas, Felipe Soutello, assuma oficialmente a campanha de Tabata Amaral à prefeitura. Soutello, dispensado pelo prefeito Ricardo Nunes no ano passado, era a primeira opção da cúpula do PSB e do vice-presidente da República até Tabata decidir fechar com o argentino Pablo Nobel, no ano passado. Nobel deixou a campanha há duas semanas, por conta de um atraso de 3 meses no pagamento. Soutello, militante tucano desde garoto, entende como poucos o eleitorado paulistano, conhece bem de perto o prefeito Ricardo Nunes e foi o responsável pela campanha de Simone Tebet à presidência. Credenciais bastante úteis para ajudar quem está estacionada em terceiro lugar nas pesquisas, como Tabata.

Nada anda no Detran SP

Despachantes, auto-escolas, empresas de vistoria e entidades de defesa das pessoas com deficiência se unem à leiloeiros, donos de pátios, guincheiros e peritos em reclamações contra a direção do Detran. “Mexem com trânsito, mas são roda-presa. Não são do ramo e estão prejudicando empresários, trabalhadores e cidadãos comuns. O governador sabe, mas não faz nada”, afirmou o dono de um dos maiores escritórios de despachantes de São Paulo.

Buser no limbo

A Buser, empresa de transporte coletivo que opera por aplicativos, em modelo semelhante ao de Uber e 99, pode estar com os dias contatos. Acidentes frequentes, inclusive com vítimas fatais, ônibus alugados em péssimo estado de conservação, cancelamento de viagens em cima de hora, dificuldades no reembolso e o crescente número de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor pesam contra a empresa. “O barato sai caro, Buser nunca mais”, escreveu um passageiro no portal Reclame Aqui.

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