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De Olho na Cidade, por Fábio Behrend

Datena no que restou do PSDB, reviravolta em São Caetano e o futebol sobre trilhos

Datena e Tabata. - Imagem: Reprodução | TV Globo
Datena e Tabata. - Imagem: Reprodução | TV Globo
Fábio Behrend

por Fábio Behrend

Publicado em 04/04/2024, às 19h14


PSDB no divã

A filiação de José Luiz Datena ao PSDB é difícil de explicar. O discurso de líderes tucanos como Marconi Perillo, José Aníbal e Paulo Serra, de que “é preciso voltar às origens” e a justificativa de que a aproximação de Ricardo Nunes com Jair Bolsonaro “não condiz com as raízes do PSDB”, não parecem ter aderência, nem lógica nem ideológica, à filiação de Datena, que aconteceu ontem. Antes da pandemia, o apresentador era só elogios a Bolsonaro. Depois, passou a morder e assoprar. Nem Freud explica.

Na hora H...

O néo-tucano Datena é cotado para ser vice de Tabata Amaral, do PSB, partido ao qual foi filiado por apenas 3 meses. Vale lembrar que, eleição após eleição, ele costuma dizer que vai se candidatar a algum cargo, mas na hora h, abandona o barco. Façam suas apostas.

Não restou ninguém

A coluna adiantou em setembro do ano passado que o movimento de revoada da bancada tucana na Câmara Municipal seria irreversível. Do fundador e ex-vice presidente interino municipal do PSDB Gilson Barreto, ao único cotado para continuar no ninho, Xexéu Trípoli, os oito vereadores eleitos pelo PSDB bateram asas e partiram. 

Reviravolta

Depois de triplicar o número de servidores da prefeitura e conduzir o aumento de 126% da dívida pública de São Caetano do Sul em seus 4 mandatos, José Luiz Auricchio voltou atrás e desistiu de impor o nome de Regina Maura como candidata à sua sucessão. O recuo foi o suficiente para convencer Tite Campanella, que pode ir para o PL, a encabeçar a chapa, com Regina como vice. Com isso, Fábio Palácio, do Podemos, surge como única candidatura de oposição com chances de ocupar o Edifício Vitória a partir do ano que vem.

A bola e os trilhos

Os clubes de futebol da cidade têm estações de metrô para chamarem de suas. São Paulo-Morumbi, Corinthians-Itaquera, Palmeiras-Barra Funda, Santos-Imigrantes, Portuguesa-Tietê e Juventus-Mooca. Chegou a vez do tradicional Nacional Atlético Clube reivindicar a sua. A escolhida é a estação Água Branca da linha 7 da CPTM, que passaria a chamar Nacional-Água Branca. Circulam nas redes sociais algumas petições para turbinar o batismo. Justo.

Imagem embaçada

Os painéis eletrônicos nas linhas privatizadas do metrô são super úteis para os passageiros. Informam desde problemas no sistema e a lotação dos vagões, até o tempo que o próximo trem vai demorar para chegar à plataforma. Coisa de primeiro mundo, menos na estação Chácara Klabin da Linha 5 Lilás, operada pela Via Mobilidade. Embora estejam sempre ligados, desde que a estação foi inaugurada, em setembro de 2018 (e com quatro anos de atraso), os painéis não mostram nada, estão sempre com chuviscos e com a imagem embaçada. Lamentável.

Cidades Inteligentes

Fundada em 2021, no auge da pandemia, a ANCITI – Associação Nacional das Cidades Inteligentes, promove o intercâmbio de projetos de tecnologia entre as cidades brasileiras e vem revolucionando o ecossistema de inovação das administrações municipais. O primeiro resultado prático aconteceu naquele mesmo ano, quando Recife compartilhou os códigos fonte de programação de seu aplicativo de vacinas com várias cidades do país.

Inteligência Artificial

De lá pra cá foram realizados 4 seminários nacionais, os Smart Gov´s, que aconteceram em São Luiz, Curitiba, Goiânia e Rio de Janeiro. Johann Dantas, presidente da ANCITI e CEO da paulistana PRODAM, embarca para Aracaju na próxima semana, onde vai apresentar alguns dos projetos paulistanos de Inteligência Artificial para representantes de governos municipais de 60 cidades brasileiras. “Em junho será a vez de São Paulo e em agosto, Belo Horizonte receberem as cidades mais inteligentes do Brasil. A cultura de “Smart Cities” nas gestões municipais veio para ficar”, comemora.

O especialista

Cabe aqui um agradecimento ao amigo especialista em gramática que sempre me socorre na revisão de meus textos. Não houve até hoje, nas 31 colunas que escrevi, uma única vez que não assassinei uma crase por não ter submetido o texto ao crivo dele. Valeu, Cavanha!

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