Ato do Bolsonaro, fuga de presídio vira crise e os leilões suspensos pelo Detran

Dia D

A possível presença do prefeito Ricardo Nunes no ato convocado por Jair Bolsonaro no próximo dia 25, na Av. Paulista, deixou aliados do prefeito preocupados. O primeiro receio é ser impossível prever o tom que o ex-presidente irá adotar em seus discursos – se agressivo demais em relação ao STF, pode colocar Nunes numa saia justa de ruptura institucional. Há também aquele frio no estômago, inerente a qualquer político que participa de atos públicos, de ver eventuais vaias se transformarem em combustível para alimentar as redes sociais dos adversários. 

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Convencimento

No entorno do prefeito a ideia é convencê-lo a não comparecer, o que seria imperdoável para o os bolsonaristas. “O evento pode não atrair grande público, o que já seria ruim. E não ia pegar bem estar ao lado do Bolsonaro num trio elétrico alugado pelo Malafaia. Vejo mais riscos do que benefícios”, afirmou um cacique do PL.

Vai Vai na mira da polícia

Não vai passar tão cedo a indignação das policias Civil e Militar com o polêmico desfile da Vai Vai, que retratou policiais como demônios. Já se fala nos corredores da Líbero Badaró, onde fica a Secretaria de Segurança, em esforços concentrados em identificar o envolvimento do crime organizado com a direção da escola de Samba. Já tem até inquérito rolando, sobre a doação de 300 mil reais que um dos manda-chuvas do crime em São Paulo fez à escola em 2022. Não vai parar por aí.

Derrapada

Pegou tão mal a desmontagem da pista de atletismo do estádio Ícaro de Castro Melo, que estava fechada desde 2020, para a realização de um evento automobilístico conhecido com Drift, que a Secretaria de Esportes do Estado voltou atrás e decidiu realizar a disputa, onde os carros andam praticamente de lado, em outro lugar, ainda não anunciado. Precisou haver chiadeira geral do mundo do atletismo para que a secretaria resolvesse anunciar a reforma do espaço por onde passaram gigantes do nosso atletismo, como os campeões olímpicos Joaquim Cruz e Maurren Maggi. A secretária de Esportes, Coronel Helena Reis, derrapou, mas por enquanto conseguiu controlar a crise. O futuro projeto depende da aprovação do Iphan, pois o espaço é tombado.

Segurança máxima?

A fuga de dois presos da penitenciária de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na quarta-feira de cinzas, tem tudo para se tornar o estopim de uma crise na área de segurança do Governo Federal. Os presos, cujas penas somadas por crimes que vão de homicídio à tráfico de drogas chegam a 155 anos de prisão, têm ligações com o Comando Vermelho e escaparam por buracos feitos com colheres no teto das celas, que são monitoradas 24h por dia por câmeras. O presídio era considerado o mais seguro do Brasil, com 3 agentes penitenciários por detento, enquanto a média nacional é de 15 detentos por agente. Foi a primeira vez na história que alguém conseguiu escapar do sistema penitenciário federal.

Tributo e aniversário

A Câmara Municipal realiza, na segunda, as 19h, ato em comemoração ao aniversário de 70 anos de Walter Feldman e em tributo à Mario Covas e ao Movimento Popular. Tudo de uma só vez, por iniciativa do vereador Ricardo Teixeira.

Leilões suspensos

A falta de diálogo e transparência do Detran, que suspendeu os leilões de veículos apreendidos e gerou manifestação no centro da cidade na semana passada, promete ter novos capítulos em breve. A intenção do Estado de realizar uma PPP sem ouvir os representantes do setor pode resultar em novas manifestações na cidade. “Sem nenhuma explicação razoável eles falam em fraudes. Milhares já foram demitidos e empresas sérias estão quebrando. Vamos parar São Paulo se não tivermos explicações do governo”, afirma um empresário do setor que pediu anonimato.

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