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Polêmica

Em tribunal, Neymar ‘lava as mãos’ e coloca a culpa em seu pai

O julgamento começou na última segunda-feira (17)

Neymar Jr durante treinamento na equipe do Paris Saint-Germain (PSG) - Imagem: reprodução/Facebook
Neymar Jr durante treinamento na equipe do Paris Saint-Germain (PSG) - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 18/10/2022, às 11h27


O jogador brasileiro Neymar afirmou na manhã desta terça-feira (18) durante julgamento, em Barcelona, na Espanha, que não tinha pleno conhecimento das negociações sobre seus trabalhos, pois apenas assinava os documentos que seu pai apresentava.

O jogador é réu em um processo que apura supostas irregularidades em sua transferência do Santos ao Barcelona em meados de 2013. A Justiça espanhola acusa Neymar de corrupção e pede dois anos de prisão ao jogador, além do pagamento de multa de 10 milhões de euros (R$ 51 milhões).

"Meu pai sempre cuidou das negociações de contrato. Eu assino o que ele pede", disse o atleta ao ser questionado pela Promotoria.

Neymar compareceu no tribunal na última segunda-feira (17), onde permaneceu por duas horas ao lado do pai, Neymar Santos Sr, e da mãe, Nadine Gonçalves, que também estão sendo processados. Mesmo assim, ele deixou a Corte sem depor e retorna hoje para prestar seu depoimento.

O caso começou a ser julgado em 17 de outubro e deve seguir até o dia 31 de outubro, segunda-feira.

A situação se tornou tão complicada, que também causou a demissão de Sandro Rossel, que atuava como presidente do FC Barcelona. A Promotoria solicitou cinco anos de prisão ao executivo por corrupção e fraude.

As acusações prejudicaram também a imagem de Neymar na Europa.

Suspeitas

O problema se iniciou há sete anos pelo grupo DIS, fundo que possuía parte dos direitos econômicos de Neymar quando ele era atacante do Santos. Em sua defesa, o grupo declarou que recebeu menos do que o que deveria pela transferência, pois o valor total do passe foi diluído em contratos fictícios.

A partir de 20 de novembro, Neymar vai liderar a seleção na Copa do Mundo, no Catar, mesmo sob acusação do crime de corrupção empresarial pelo Ministério Público da Espanha.

Os advogados do jogador afirmam que o valor dos contratos extras apontados pela DIS, de cerca de 40 milhões de euros (cerca de R$ 207 milhões), são um "bônus de contratação legal e habitual no mercado do futebol".

Além do jogador do PSG, seus pais, e o ex-presidente do FC Barcelona, o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues Filho, também estão sendo processados.

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