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Carille diz que Santos errou leitura de jogo contra Palmeiras e faz projeções contra rebaixamento

Técnico do Santos, Fábio Carille foi à sala de imprensa da Vila Belmiro neste domingo para tentar explicar a derrota por 2 a 0 pra o Palmeiras. Para o

Carille diz que Santos errou leitura de jogo contra Palmeiras e faz projeções contra rebaixamento
Carille diz que Santos errou leitura de jogo contra Palmeiras e faz projeções contra rebaixamento

Redação Publicado em 07/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 22h55


Técnico diz não ter número exato de pontos para evitar queda, mas admite preocupação

Técnico do Santos, Fábio Carille foi à sala de imprensa da Vila Belmiro neste domingo para tentar explicar a derrota por 2 a 0 pra o Palmeiras. Para o treinador, venceu quem estava mais entrosado, concentrado e quem teve a melhor leitura de jogo.

– Sabemos que o Palmeiras é uma equipe que joga em contra-ataque, que busca se aproveitar dos erros dos adversários. Faltou uma melhor cobertura, melhor leitura das jogadas dentro de campo. A ideia era preencher mais o meio de campo, para que a gente pudesse ter mais gente para disputar a bola, já que eles estavam flutuando com quatro jogadores por dentro. Mas mesmo assim continuamos com dificuldade de leitura e o Palmeiras continuou a ter mais posse de bola nessa parte final do jogo – disse Carille, abatido com o resultado final da partida.

Para o técnico, o Santos se perdeu no jogo.

– Começamos com volume maior, com as melhores oportunidades no início do jogo, depois a gente se perdeu um pouco na partida. O Palmeiras é uma equipe mais entrosada, com mais tempo jogando juntos. A equipe que jogou melhor é a que saiu vencedora no jogo.

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Durante a entrevista coletiva, Carille foi questionado se já trabalha com algum tipo de conta ou de planejamento contra o rebaixamento. Ele argumentou não ter números exatos, mas sabe que precisará somar mais para evitar um estado de emergência nas últimas rodadas do campeonato. O Santos tem atualmente 35 pontos e é o 15º.

– Ainda não, porque não temos o número ideal. A cada rodada isso muda. O que estou trazendo no dia a dia é o próximo jogo. Faltando menos rodadas, a gente consegue ter uma ideia melhor do que vai ser. Hoje não dá para apontar que com 47 a gente estaria totalmente livre? Mas eu sei que de 2014 para cá, com 44 ninguém caiu. É muito difícil, não dá para ter um número exato. Precisamos pensar no próximo jogo, somar pontos e para subir e quando estivermos mais perto ter uma ideia melhor para sabermos de quantos pontos necessitamos.

O Santos volta a campo nesta quarta-feira, mais uma vez na Vila Belmiro, para enfrentar o Red Bull Bragantino, às 19h (de Brasília).

Fábio Carille em Santos x Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

Fábio Carille em Santos x Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

Veja outros pontos da entrevista coletiva de Fábio Carille:

Trabalho mental
– Esse trabalho é diário, desde o primeiro dia em que cheguei aqui. De fazer acreditar, trabalho e deixar bem definidas as coisas dentro de campo. A gente sabe que vai ser assim até o final, faltam oito rodadas e ontem tiveram resultados negativos de equipes que estavam abaixo. Tivemos duas vitórias importantes, antes do jogo do Fluminense estávamos na zona de rebaixamento com 29 pontos e com duas vitórias fomos a 35 e abrimos cinco pontos. O Santos passa por uma reformulação… Você pega o Palmeiras, quase todos os jogadores que fizeram a final da Libertadores estavam hoje, e o Santos com várias mudanças. É o momento de sentirmos o resultado negativo de hoje, mas amanhã é outro dia. Trabalhar, porque quarta-feira temos outra decisão (contra o Bragantino).

Pior partida sob seu comando?
– Olha, eu não gostei do jogo do Sport, e estou falando de desempenho e não de resultado. América-MG até o final do primeiro tempo com um lance no final que mudou a história do jogo… Mas contra o Sport foi muito abaixo, tinha que ter jogado mais lá, e ter jogador melhor hoje também. Tudo passa por uma leitura e distribuição melhor dentro de campo, é um conjunto de coisas, mas é fundamental dizer que pegamos um time mais entrosado, com muito tempo de trabalho, tanto que estão chegando em mais uma final de Libertadores. Essas coisas fazem a diferença nesse momento e a gente se perdeu dentro de campo.

Alterações na zaga no intervalo
– As coisas não funcionaram. Fizemos três jogos nesse sistema que foi contra o Grêmio e fomos superiores, e merecemos a vitória no final, contra o Fluminense a gente foi superior e mereceu o resultado. Contra o Athletico nós não fomos superiores, mas ganhamos. Tem jogos que nós fomos melhores e não ganhamos e tem jogos que não somos melhores e ganhamos… Hoje as coisas não funcionaram. O Braga é um jogador que tem muita força, tem essa transição… Ele melhor treinado pode dar um resultado melhor, mais do que já deu. O Marcos Guilherme de fechar por dentro, e o Braga eu não vejo isso. No 3-5-2, eu vejo o Braga mais aberto ou no 4-2-3-1, eu não vejo ele por dentro, pensando o jogo… Vejo o Braga mais pelo lado. Hoje as coisas não funcionaram, mas eu sei que atrás já funcionaram pelo resultado que já tivemos.

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Seca de gols de Marinho
– Em questão de atitudes não posso reclamar de nada, apesar de não termos jogado bem, mas eles correram demais dentro de campo, falando de todos e também do Marinho. O Marinho passa a ser o jogador a ser marcado. Se eu sou o técnico adversário, eu vou me preocupar com o Marinho, e é isso que está acontecendo. Ele não está tendo espaço e a gente não está conseguindo criar para que ele seja esse jogador que nós sabemos que ele é. Mas na hora que o conjunto melhorar mais, com certeza o Marinho voltará a ter mais oportunidade e voltar a fazer gols.

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Globo Esporte

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