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Bolsa Atleta quebra recorde e tem a maior lista de beneficiários da história

O número foi divulgado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (18)

"Fico muito feliz que neste primeiro ano da nossa gestão o programa Bolsa Atleta tenha tido esse recorde no número de contemplados", disse Ana Moser, ministra do Esporte - Imagem: reprodução/Twitter
"Fico muito feliz que neste primeiro ano da nossa gestão o programa Bolsa Atleta tenha tido esse recorde no número de contemplados", disse Ana Moser, ministra do Esporte - Imagem: reprodução/Twitter

Thais Bueno Publicado em 18/04/2023, às 17h01


Nesta terça-feira (18), foi divulgada no Diário Oficial da União a lista dos beneficiários que receberam o Bolsa Atleta. Neste 2023, o número divulgado atingiu um patamar inesperado e quebrou recorde, com 7868 esportistas.

De acordo com o site oficial do governo, esta é a maior lista desde que os pagamentos começaram a ser feitos, em 2005. Além disso, chega a ser 20% maior do que o registrado no edital de 2022, em que 6.419 esportistas receberam o benefício.

Neste ano, com a volta do Ministério do Esporte, o Bolsa Atleta está apoiando um total de 5.898 atletas olímpicos, juntamente com 1.970 representantes de modalidades paralímpicas. Do número geral, 3.478 (44,2%) são mulheres, enquanto 4.390 (55,8%) são homens.

Quanto ao recorte de faixa etária, cerca de 65% dos beneficiados têm até 23 anos; ou seja, há bastante investimento na nova geração. Os esportistas que têm entre 14 e 18 anos, inclusive, são a 3236, a maior parte dos contemplados. 

Logo abaixo, estão os atletas entre 19 e 23 anos (que são 1.857); em seguida, vêm os de 29 a 38 anos (1.032), de 24 a 28 anos (920), de 38 a 48 anos (577), de 49 a 58 anos (189) e, por fim, os com mais de 59 anos, que são 57 no total.

"Fico muito feliz que neste primeiro ano da nossa gestão o programa Bolsa Atleta tenha tido esse recorde no número de contemplados. Penso que essa é uma aposta importante na política de esporte que, certamente, dará resultados para os atletas brasileiros durante muitos anos, uma vez que 65% dos bolsistas têm até 23 anos. Essa é a retomada do Ministério do Esporte em grande estilo, com uma alta aposta nos atletas do Brasil", disse Ana Moser, atual ministra do Esporte.

O processo de inscrição e de envio de documentação é feito de forma online. Desde o início da abertura das adesões, em fevereiro de 2023, o Ministério do Esporte já recebeu mais de 187 mil mensagens através de seu número do WhatsApp, junto com mais 1.456 e-mails.

Critérios

O Bolsa Atleta é concedido para atletas a partir de 14 anos de idade e é considerado, atualmente, um dos maiores programas do mundo em questões de patrocínio direto aos esportistas do Brasil. Hoje, ele é dividido em cinco categorias.

A que terá mais esportistas neste edital é a Nacional, que paga R$ 925 por mês para 5.134 atletas. Logo abaixo está a categoria Internacional, que tem 1.431 atletas e bolsas de R$ 1.850.

Em seguida, aparecem as categorias Estudantil (567 atletas/R$ 370), da Atleta de Base (378 atletas/R$ 370) e Olímpico e Paralímpico (358 atletas/R$ 3.100).

O Bolsa Atleta possui também a categoria Pódio, que é somente para os atletas de elite, cujas posições estejam entre os 20 melhores em seus rankings mundiais. Estes irão receber benefícios entre R$ 5 mil e R$ 15 mil por mês.

A categoria Pódio, no entanto, ainda terá um edital diferente que será lançado mais para frente neste ano. O orçamento previsto para execução do programa como um todo neste 2023 é de mais de R$ 120 milhões. 

Processo de indicação

O processo de indicação dos atletas elegíveis para que possam receber o benefício do Bolsa Atleta, é realizado pelas entidades nacionais de administração do esporte com base nos resultados que foram conquistados no ano de 2022.

São elas: Comitê Olímpico do Brasil (COB), Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), além também de outras confederações.

Pódios

Todo o apoio concedido pelo Governo Federal e pelo Bolsa Atleta aos esportistas brasileiros pode ser percebido com os grandes resultados obtidos por eles em dois grandes eventos do mundo esportivo: as Olimpíadas e as Paralimpíadas.

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, 80% dos esportistas eram bolsistas, sendo que, nas Paralímpiadas, esse número era de 95%.

Nas Olimpíadas, o Brasil conseguiu um total de 21 medalhas (sete ouros, seis pratas e oito bronzes), em 13 modalidades, e terminou na 12ª colocação no quadro de medalhas geral. Em 19 dos 21 pódios (90,45%), os esportistas recebiam o Bolsa Atleta.

Nas Paralimpíadas, por sua vez, foram 72 medalhas (22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes); com este resultado, a nação brasileira ficou na 7ª posição no quadro de medalhas. Os bolsistas representaram 68 dos 72 pódios conquistados, 94,4% do total.

"A importância do Bolsa Atleta é indiscutível. Os números demonstram a eficácia em impulsionar o desempenho esportivo dos atletas brasileiros. A meta é superar esse recorde nos Jogos de Paris, em 2024, garantindo um apoio ainda maior aos nossos atletas e aumentando as chances de medalhas para o Time Brasil", afirmou a secretária nacional de Alto Desempenho do Ministério do Esporte, Marta Sobral.

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