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Renata Vasconcellos revela detalhes sobre conexão 'sobrenatural' com William Bonner; confira

A jornalista participou de entrevista durante a última sexta-feira (31)

A situação mais difícil para ela foi a cobertura da pandemia de COVID-19. Ela contou que, em uma das notícias sobre a falta de oxigênio para pacientes de hospitais em Manaus, capital do Amazonas. - Imagem: reprodução/Twitter
A situação mais difícil para ela foi a cobertura da pandemia de COVID-19. Ela contou que, em uma das notícias sobre a falta de oxigênio para pacientes de hospitais em Manaus, capital do Amazonas. - Imagem: reprodução/Twitter

Thais Bueno Publicado em 01/04/2023, às 19h02


Na última sexta-feira (31), foi ao ar, no programa da TV Globo 'Conversa com Bial', a entrevista com a comandante da bancada do Jornal Nacional, Renata Vasconcellos. Durante o bate-papo com Pedro Bial, ela comentou sobre momentos complicados que passou no jornalismo.

De acordo com ela, a situação mais difícil foi a cobertura da pandemia de COVID-19. Ela contou que, em uma das notícias sobre a falta de oxigênio para pacientes de hospitais em Manaus, capital do Amazonas, ela acabou tendo uma crise de falta de ar ao vivo por causa de sua angústia.

A jornalista, porém, também revelou quem, ou melhor, o que a ajudou: uma certa ligação "sobrenatural" que desenvolveu ao longo dos anos de trabalho com seu colega de bancada, o também apresentador William Bonner.

Os dois combinaram, quando surgiram os primeiros casos do novo coronavírus no Brasil, que iriam se ajudar. Eles decidiram abrir mão de suas folgas e fins de semana de lazer para focarem totalmente na cobertura da pandemia.

Era justamente nas tranmissões ao vivo que a parceria entre os dois ficava muito clara. "Muitas vezes, só com o olhar, a gente se ajudava", explicou a jornalista.

"Aquele momento em Manaus, em que as pessoas não conseguiam oxigênio para respirar... As pessoas, internadas, sem a possibilidade de um oxigênio para dar apoio, porque não tinha... Aquilo muitas vezes me deu falta de ar. No ar. E eu tive ajuda do Bonner. Às vezes, era só um olhar de 'eu vou, você vai', e pronto".

Para quem não se lembra, a crise de oxigênio em Manaus começou em janeiro de 2021. A capital amazonense enfrentou um colapso no sistema de saúde por conta da falta de oxigênio nos hospitais, que ficaram totalmente lotados por conta dos surtos da Covid-19.

A âncora do Jornal Nacional ainda comentou que esta foi a situação mais difícil pela qual passou em toda a sua carreira no jornalismo, embora já tivesse realizado algumas outras coberturas que também foram duríssimas.

Renata Vasconcellos lembrou do momento em que teve que cobrir as férias de Fátima Bernardes, antiga comandante da bancada do jornal da Globo, em 2011. Na época, ela precisou noticiar as enchentes e deslizamentos na Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

"Me marcou muito, não só no aspecto profissional, mas especialmente na parte pessoal. Você vivenciar, ver de perto, as pessoas naquele desespero... Muitas pessoas ainda estavam mortas, os corpos não tinham sido resgatados ainda. Um cenário de tragédia absoluta".

"Então, [é difícil] você conciliar ao mesmo tempo esse pragmatismo de levar informação, de informar as pessoas do que está acontecendo ali, e ao mesmo tempo segurar a emoção, que é muito grande", destacou a repórter.

"Tinha momentos em que eu entrevistava com as lágrimas escorrendo dos meus olhos, e eu me afastando um pouco pra câmera não me pegar. E eu resistindo para poder fazer a próxima pergunta, e as lágrimas escorrendo. Isso a gente leva com a gente para sempre", concluiu.

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