O Brasil dispõe de apenas 8 áreas litorâneas reservadas para nudistas
Mateus Omena Publicado em 08/02/2023, às 15h01
As praias do estado de São Paulo estão longe de ser os principais destinos de adeptos do nudismo, devido à falta de locais oficiais para essa prática. No entanto, alguns pontos desertos e distantes de áreas urbanas estão sendo tomadas por turistas que querem curtir a natureza sem roupas.
Nos últimos anos, os naturalistas têm se organizado em grupos para “eleger” uma praia e frequentá-la aos finais de semana, mesmo que não sejam pontos oficiais. É o caso de praias como Mansa e Lagoa, em Ubatuba; a Praia Brava, em São Sebastião; e a Desertinha, em Peruíbe, embora não sejam oficiais, são as mais procuradas.
Mas como não há praias oficiais em território paulista, muitos desses banhistas precisam viajar para o Nordeste, Rio de Janeiro ou até para o sul do país para frequentar praias exclusivamente naturistas. Ou recorrer a locais específicos no interior dos estados.
Até porque se um banhista for flagrado pela polícia totalmente nu, em praias comuns, poderá ser detido entre três meses a um ano ou pagar multa por "praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público", conforme prevê o artigo 233 do Código Penal.
Em meados de 2018, um movimento liderado pela NatVale (Associação de Naturistas do Vale do Paraíba e Litoral Norte) realizou diversas ofensivas para tentar transformar a praia Mansa em local exclusivamente naturista.
Depois de meses de esforços, os naturalistas frequentaram o local como forma de sensibilizar os moradores de Ubatuba a aceitá-los. Mas, antes de tirarem as roupas, eles conversavam com os banhistas para estabelecer um consenso.
“Fazia parte do plano de conscientização mostrarmos que em outras regiões do país, o naturismo auxilia no fomento do turismo, movimenta hotéis, pousadas e restaurantes e que poderia ser uma atração a mais para Ubatuba”, explicou Éder da Silva Ferreira, presidente da NatVale, em entrevista ao UOL.
Naquele período, chegou a tramitar um projeto de lei na Câmara de Ubatuba, mas a proposta não entrou na pauta, pois foi retirada por pressão popular.
Por outro lado, a FBrN (Federação Brasileira de Naturismo) iniciou um lobby em 2013 para transformar a praia Brava, em Boiçucanga (São Sebastião), em local destinado a naturistas.
A iniciativa foi duramente criticada por caiçaras locais, turistas e surfistas, que expulsavam os naturistas do local. Mas, a pequena faixa de areia continua sendo utilizada para a prática, devido à sua localização de difícil acesso, apesar de protestos dos banhistas locais.
Muitos nudistas chegaram a buscar a praia Desertinha, localizada na Estação Ecológica Jureia-Itatins, em Peruíbe. A área também esteve nos planos da entidade para legalização do espaço público, mas as tentativas falharam.
Em Ilhabela, houve um projeto de lei avaliado na Câmara Municipal, na década de 1990, que previa a transformação da praia da Caveira em espaço naturista, no entanto o projeto não teve sucesso. A praia é direcionada ao mar aberto e o acesso é feito apenas por embarcações. Embora não seja oficializada, vários naturistas utilizam a praia, que fica praticamente deserta durante a semana.
O Brasil possui apenas oito praias oficiais para a prática no naturismo. De acordo com informações do UOL, a praia de Tambaba (PB) foi a primeira a autorizar oficialmente que os frequentadores tirassem a roupa. Em Santa Catarina, há três praias do tipo: Pedras Altas (Palhoça), Galheta (Florianópolis) e praia do Pinho (Balneário Camboriú).
No Rio de Janeiro, há duas áreas para a prática do naturismo: Olho de Boi (Búzios) e Praia do Abricó (zona oeste da capital). As outras ficam no Espírito Santo, em Barra Seca (Linhares) e na Bahia, na praia de Massarandupió (Entre Rios).
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