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Netflix enfrenta onda de cancelamentos após CEO declarar apoio a Kamala Harris

Onda de cancelamentos nos EUA atinge pico histórico após Reed Hastings declarar apoio financeiro à candidata democrata Kamala Harris

Netflix enfrenta onda de cancelamentos após CEO declarar apoio a Kamala Harris - Imagem: Divulgação/Netflix
Netflix enfrenta onda de cancelamentos após CEO declarar apoio a Kamala Harris - Imagem: Divulgação/Netflix

Gabrielly Bento Publicado em 30/09/2024, às 21h00


A Netflix, gigante do streaming, está enfrentando uma onda de cancelamentos nos Estados Unidos. O aumento no número de assinaturas desfeitas ocorreu após Reed Hastings, presidente e cofundador da empresa, declarar apoio financeiro à campanha de Kamala Harris para as eleições presidenciais de 2024. De acordo com a agência de notícias Bloomberg, a taxa de cancelamentos quase triplicou em julho, revelando uma reação significativa dos assinantes.

Segundo o UOL, dados da Bloomberg indicam que Hastings doou US$ 7 milhões (cerca de R$ 38 milhões) para a candidata democrata, quantia que foi revelada em entrevista ao site The Information no dia 24 de julho.

O anúncio veio um dia após Hastings usar suas redes sociais para declarar publicamente seu apoio a Harris. "Parabéns a Kamala. Agora é hora de vencer", escreveu o empresário, dando início a um intenso debate nas redes e, aparentemente, influenciando a decisão de muitos assinantes de abandonar o serviço.

Dados da consultoria Antenna, mencionados pela Bloomberg, indicam que a taxa de cancelamento da Netflix nos EUA atingiu 2,8% em julho, o maior índice desde fevereiro. O pico ocorreu no terceiro dia após a declaração de Hastings, que se tornou o pior dia do ano para a Netflix em termos de cancelamentos.

Especialistas apontam dois fatores para explicar esse fenômeno. O primeiro é a decisão recente da empresa de eliminar gradualmente o plano básico, que oferecia um custo mais acessível aos consumidores e não incluía anúncios. No entanto, o aumento abrupto de cancelamentos logo após a manifestação política do CEO foi considerado atípico, até mesmo para um mês historicamente mais fraco em novas assinaturas.

Questionada pela Bloomberg, a Netflix optou por não comentar os números de cancelamentos ou o apoio público de Hastings a Kamala Harris.

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