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Assédio

Jornalista da Globo revela assédios que sofreu; saiba detalhes

O desabafo aconteceu na última sexta-feira (08), no Dia Internacional da Mulher

Jornalista da Globo revela assédios que sofreu; saiba detalhes - Imagem: reprodução Instagram
Jornalista da Globo revela assédios que sofreu; saiba detalhes - Imagem: reprodução Instagram

Manoela Cardozo Publicado em 11/03/2024, às 13h24


Na última sexta-feira (08), no Dia Internacional da Mulher, a jornalista Maria Cândida, conhecida por seu trabalho no programa 'É de Casa' da TV Globo, decidiu se manifestar de forma impactante.

Conforme informações do Metrópoles, em uma postagem onde aparece nua, ela compartilhou seus desabafos, abordando questões de liberdade e revivendo experiências de assédio ao longo de sua carreira.

“Nua, livre, abusada. Nunca mais. Liberdade é o valor mais importante da minha vida. Não existe possibilidade de me convencerem (sim, fui convencida no passado), de que ‘meu tempo já tinha passado'”, começou.

“No trabalho: em uma empresa, fui mandada embora e nem preciso explicar, vocês já sabem… Em outra, me tiraram da reportagem… Em outra, tentaram subornar meu cinegrafista com uma caixa de uísque para que não me apoiasse… No início de carreira, vários pegavam na minha bochecha como ‘professores’ e falavam: ‘Você dará uma ótima apresentadora… Tão linda. Boneca e burra.”, continuou a jornalista.

Maria Cândida relatou ter sido alvo de diferentes formas de assédio, destacando situações em que foi subestimada e desrespeitada no ambiente profissional. Mesmo enfrentando críticas e desafios, ela revelou ter recebido convites para jantares onde esperavam "ensiná-la" sobre como realizar seu trabalho.

 “Eu me esquivava, ia para o banheiro e chorava. Segurava, recompunha e seguia”, afirmou.

Esses episódios, segundo ela, foram apenas algumas das muitas emoções vividas ao longo de sua longa trajetória na área jornalística.

“Em 30 anos de jornalismo, persistência e raiva (preciso ser honesta)… Chego aqui orgulhosa de seguir bravamente e me tornar a profissional e a mulher que me tornei aos 52 anos. O que passei? Abuso moral, psicológico e até patrimonial. História de muitas de vocês aqui. Hoje, mais um Dia Internacional da Mulher. Continuo e continuarei falando. Nunca vou parar. Pago minhas contas. Me reinventei profissionalmente e a internet me trouxe a possibilidade de ser livre. O dinheiro não vem mais de um lugar só. Aprendi a ser empreendedora do meu próprio negócio. E sei que ainda vem muito mais.A força dentro de mim vem da convicção e também da revolta. Muitas mulheres caíram nesses abusos comuns no passado. Vítimas do machismo, que mata", concluiu.

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