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Calouros de medicina da Unisa, que foram expulsos após jogo de vôlei, voltam para a faculdade

Após decisão judicial, Unisa readmite estudantes que participaram do trote no jogo de vôlei

Após decisão judicial, Unisa readmite estudantes que participaram do trote no jogo de vôlei - Imagem: reprodução Twitter
Após decisão judicial, Unisa readmite estudantes que participaram do trote no jogo de vôlei - Imagem: reprodução Twitter

Milleny Ferreira Publicado em 27/09/2023, às 11h52


Os 15 estudantes de medicina que foram expulsos da Universidade Santo Amaro (Unisa) após terem sido gravados se masturbando no jogo de võlei da faculdade, foram readmitidos para voltar ás aulas ainda nesta quarta-feira (27), após decisão judicial de liberar um aluno, a faculdade resolveu usar a mesma medida para os demais.

O vídeo do ato havia sido gravado em abril, mas só depois da viralização do mesmo na semana passada, foram tomadas providências sobre o caso.

Segundo o G1, o advogado da universidade Marco Aurélio Carvalho declarou que medidas ainda terão de ser tomadas, mas enquanto a universidade avalia se mantém a expulsão ou se aplica outras penas pedagógicas, os alunos terão oportunidade de apresentar suas defesas.

Essa decisão judicial estabelece a necessidade de se instaurar uma comissão de sindicância que nós, na verdade, já fizemos, para nosso orgulho e tranquilidade. No bojo dessa comissão é que vamos, enfim, eventualmente, manter as penas ou revê-las, com a supervisão, evidentemente, da Justiça Federal... Nós mandamos um recado poderoso para a sociedade e para a nossa comunidade acadêmica, de que não aceitamos comportamentos anticivilizatórios, indignos, sobretudo, com uma profissão tão importante como essa, que é a profissão médica", disse o advogado.

Foi mostrado no programa Fantástico, no último domingo (24), que há décadas os calouros passam e fazem esses trotes, que possuem uma "cartilha de obrigações" e caso o aluno descumpra algo, ele é humilhado e ridicularizado. 

Falam que nós não vamos ter acesso a oportunidades dentro da faculdade, que não vamos conseguir arrumar emprego depois de formados, pois não vai ter ninguém para indicar, que não vamos conseguir participar dos esportes, pois todo mundo que pratica é o pessoal do trote, que não vamos conseguir construir um currículo bom no geral, que vamos ficar marcados como fracos dentro da universidade...", diz uma das estudantes da universidade.

Devido a isso a Unisa começou uma campanha de "tolerância zero" com os trotes e buscou apoio de outras universidades para que juntas, consigam lançar uma campanha nacional sobre o tema.

A Liga Esportiva das Atléticas de Medicina do Estado de São Paulo (Leamesp), suspendeu as participações da faculdade em seus jogos durante um ano de todos os campeonatos. A Unisa foi punida não pelo histórico de práticas violentas, porquê também é algo que é cometido por algumas universidades que participam dos jogos de vôlei, mas sim por ter ameaçado vazar vídeos que comprometessem outras faculdades, e até mesmo a própria Liga.

Após todo o caso, em entrevista ainda para o G1, estudantes declaram que a própria faculdade criou um canal de denúncias, mas que ainda está sendo realizado de forma interna, estão espalhados cartazes pelo campus todo com mensagens contra o trote e será enviado a cadda início de semestre um e-mail aos alunos.

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