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Ensino Médio

Saiba como vai funcionar o período noturno no novo Ensino Médio

As possíveis mudanças incluem aumento de carga horária e oferta por demanda

As possíveis mudanças incluem aumento de carga horária e oferta por demanda - Imagem: Reprodução / Freepik
As possíveis mudanças incluem aumento de carga horária e oferta por demanda - Imagem: Reprodução / Freepik

Gabriela Thier Publicado em 16/07/2024, às 14h59


Uma das  mudanças que está sendo discutida com a possível aprovação do novo Ensino Médio é a nova regulamentação do horário noturno, que prevê abertura de turmas no ensino público somente caso haja demanda o suficiente, o que tem gerado preocupação entre estudantes e secretários de educação.

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) afirma que o sistema na base de demanda diminuirá muito a oferta do Ensino Médio noturno e cita também o aumento da carga horária para 3.000 horas ao longo dos três anos, igualando o período da noite aos outros, o que, segundo a UBES, desconsidera que os alunos desse horário geralmente precisam trabalhar ao longo do dia, não podendo entrar mais cedo.

Já o Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed), afirma que o aumento de cargas horárias noturnas entra em conflito com o aumento das cargas horárias diurnas, não deixando tempo suficiente para a troca de turnos, além de dizer que a oferta por demanda pode ser distorcida por conta das diferenças de território e população entre os municípios. 

“As redes estaduais têm caminhado justamente no sentido contrário [da expansão do ensino médio noturno]. Não por negar as características dos estudantes, mas porque essas características não podem ser absorvidas só pela secretaria de educação. Então, se [o estudante] é um trabalhador ou tem necessidade de trabalho, é preciso pensar nas políticas de trabalho, e não oferecer para ele um ensino que tem, via de regras, os piores indicadores, num horário extremamente adverso, e que é bastante complicado de ser operacionalizado a partir de uma jornada que expandiu”, explica Vitor de Angelo, presidente do Consed.

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