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Energia Elétrica

TARIFA DE LUZ: conta de energia pode ficar bem mais cara em 2023, alerta Aneel

O anúncio foi feito na última quarta-feira (23) pela agência

O aumento da energia elétrica pode variar de acordo com distribuidora - Imagem: Freepik
O aumento da energia elétrica pode variar de acordo com distribuidora - Imagem: Freepik

Mateus Omena Publicado em 24/11/2022, às 12h06


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a tarifa de energia elétrica vai subir 5,6%, em média, em 2023.

A novidade foi divulgada na última quarta-feira (23) ao grupo de Minas e Energia do governo de transição, marcando a primeira reunião entre os diretores da Aneel e a equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apesar do susto que a notícia pode causar nos consumidores, a Aneel adiantou que o impacto vai variar conforme de acordo com cada distribuidora de energia. Segundo as estimativas da Aneel:

  • 7 distribuidoras devem ter reajuste superior a 10%
  • 15 distribuidoras com reajuste entre 5% e 10%
  • 17 distribuidoras devem ter reajuste entre 0% e 5%
  • 13 distribuidoras devem ter reajuste inferior a 0%
  • A diferença de percentuais se dá devido aos custos de compra, transmissão e distribuição de energia, que variam conforme cada distribuidora, além de eventual crédito tributário que a empresa possa ter direito. Os créditos tributários estão sendo revertidos em favor do consumidor, atenuando os reajustes.

Segundo a agência, os percentuais de reajuste são estimativas, que podem mudar até a homologação dos novos índices tarifários.

Os reajustes nas tarifas de energia são feitos individualmente para cada distribuidora. Geralmente, as mudanças ocorrem na data de aniversário do contrato de concessão.

Por outro lado, a Aneel não detalhou à equipe de transição os percentuais por tipos de consumidores: conectados em alta tensão (grandes empresas e indústrias) e conectados em baixa tensão (residenciais, rurais e pequenas empresas).

Em 2022, o reajuste da tarifa de energia para os consumidores residenciais está, em média, em 10,83%, apontam os dados mais recentes da Aneel.

Os diretores da agência também mostraram à equipe de transição que, nos últimos 12 anos, o reajuste no país seguiu, em média, a variação do índice da inflação oficial – medido pelo IPCA.

A Aneel informou que os percentuais entre as regiões têm sido desiguais, pesando mais para os consumidores do Norte, Centro-Oeste e Nordeste. A alta é puxada, principalmente, pelos custos de distribuição.

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