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Salário mínimo e isenção do IR terão novos reajustes, diz Ministério da Fazenda

As propostas fazem parte de um pacote de "benefícios" do governo federal

No momento, o salário mínimo está em R$ 1.302,00, definido no governo de Bolsonaro (PL) - Imagem: Freepik
No momento, o salário mínimo está em R$ 1.302,00, definido no governo de Bolsonaro (PL) - Imagem: Freepik

Mateus Omena Publicado em 14/02/2023, às 15h12


Assessores da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciaram recentemente que o governo pretende fazer novos ajustes ao valor do salário mínimo e à faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física.

De acordo com o colunista Valdo Cruz, da Globo News, a novidade foi divulgada após Haddad avisar aos colegas do PT em um evento de celebração dos 43 anos do partido que os estudos sobre o novo salário mínimo e a nova tabela do Imposto de Renda já estão prontos.

Com a nova proposta, o piso salarial no país deve subir para R$ 1.320 e a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física deve passar para R$ 2.640,00 no próximo ano.

O novo salário mínimo deve entrar em vigor a partir de maio e ser anunciado oficialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Dia do Trabalho.

No momento, o salário mínimo está em R$ 1.302,00, valor definido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante as eleições, Lula havia prometido subir o valor para R$ 1.320,00, no entanto não havia espaço fiscal no início do ano para sustentar o novo mínimo, pois a mudança traria impacto nas despesas da Previdência Social.

O novo valor começa a valer a partir de maio e as despesas com benefícios da Previdência seriam menores do que se o mínimo de R$ 1.320 vigorasse desde janeiro.

Em relação ao Imposto de Renda, a nova faixa de isenção começaria a vigorar no próximo ano. Na corrida eleitoral, Lula prometeu aumentar a faixa de isenção para R$ 5.000.

A proposta foi confirmada pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, mas reforçou que a promessa será cumprida gradualmente, porque o governo não teria condições fiscais de bancar a medida de mediato.

Nesse caso, a faixa de isenção vai passar por reajuste, num primeiro momento, de R$ 1.903,98 para R$ 2.640,00, o equivalente a dois salários mínimos, o que deve ocorrer também em maio.

Essas iniciativas fazem parte de um pacote de “benefícios” que o governo Lula quer lançar para melhorar sua imagem, que começou o ano um pouco desgastada diante de uma economia ainda com um ritmo fraco e uma inflação ainda elevada, embora esteja em queda.

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