Diário de São Paulo
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Movimento "Parcelo Sim!" defende o parcelado sem juros e mobiliza entidades

Cerca de 75% da população utiliza o parcelamento sem juros

Compras no cartão de crédito. - Imagem: Reprodução | Pixabay
Compras no cartão de crédito. - Imagem: Reprodução | Pixabay

Marina Roveda Publicado em 21/11/2023, às 08h32


Um conjunto de 11 entidades se une para lançar o movimento "Parcelo Sim!" nesta terça-feira (21). A iniciativa, apartidária, tem como objetivo preservar o parcelado sem juros (PSJ), uma ferramenta crucial que permite aos consumidores fracionar suas compras sem comprometer o orçamento mensal. O movimento alerta sobre potenciais alterações que podem limitar os benefícios desse modelo amplamente utilizado para diversas necessidades, desde a compra de bens duráveis até despesas emergenciais.

O PSJ, utilizado por cerca de 75% da população, é visto como uma das mais importantes ferramentas de concessão de crédito do Brasil, beneficiando diariamente mais de 200 milhões de brasileiros. O movimento busca conscientizar a população sobre os impactos negativos que mudanças nesse sistema podem causar, destacando sua relevância para diversas situações, como a troca de dispositivos eletrônicos, compra de móveis e eletrodomésticos, entre outras.

A iniciativa surge em meio à discussão sobre o programa "Desenrola", sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que visa a renegociação de dívidas e a redução dos juros do cartão de crédito. O movimento alerta que a pressão para limitar ou extinguir o PSJ é exercida pelos bancos como uma forma de viabilizar essa redução. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) nega a intenção de acabar com as compras parceladas, mas destaca a necessidade de medidas para reequilibrar custos e riscos de crédito.

Com o apoio de entidades como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o Sebrae e a Proteste, o movimento "Parcelo Sim!" está ativo no site parcelosim.com.br e nas redes sociais, convidando a população a participar do abaixo-assinado para proteger essa ferramenta importante para os brasileiros. A discussão em torno do PSJ destaca a importância de uma abordagem equilibrada que preserve os interesses dos consumidores e promova a estabilidade econômica.

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