Em 12 meses, a alta foi de 4,12%, ante uma taxa de 4,35%. No acumulado do ano, o resultado revelou 3,15%
William Oliveira Publicado em 25/09/2024, às 14h27
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou uma inesperada desaceleração em setembro, influenciada pela redução nos custos de Transportes, que compensou a pressão dos preços de energia. O resultado ainda afastou a taxa anualizada da meta de inflação, refletindo as preocupações do Banco Central com a inflação no Brasil.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também revelou que, no acumulado dos últimos 12 meses até setembro, o índice subiu 4,12%, contra 4,35% no mês anterior e abaixo da expectativa de 4,30%. Em setembro, o IPCA-15 registrou um aumento de 0,13%, comparado à alta de 0,19% observada em agosto, e ficou significativamente abaixo das expectativas dos analistas consultados pela Reuters, que previam um aumento de 0,30%.
A meta de inflação para 2024 é de 3,0%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, conforme medido pelo IPCA.
O IBGE destacou que o grupo Transportes teve uma queda de 0,08% em setembro, após uma alta de 0,83% em agosto. Esse resultado foi principalmente influenciado pela redução nos preços da gasolina (-0,66%) e do etanol. No total dos combustíveis, houve uma deflação de 0,64%.
As Despesas Pessoais também registraram uma queda de 0,04% em setembro, revertendo a alta de 0,43% observada no mês anterior. No setor de Educação, a inflação diminuiu para 0,05% em setembro, em comparação a 0,75% em agosto.
Por outro lado, o grupo Habitação teve a maior variação positiva, com um aumento de 0,50%, representando o maior impacto no índice. Este aumento foi impulsionado pelo custo da energia elétrica residencial, que subiu 0,84% em setembro, após uma queda de 0,42% em agosto, devido à implementação da bandeira tarifária vermelha patamar 1 a partir do início do mês.
O segmento Alimentação e Bebidas, que tem o maior peso no índice geral, apresentou um leve aumento de 0,05% após dois meses consecutivos de quedas nos preços. A deflação nos preços dos alimentos consumidos em casa reduziu-se de -1,30% em agosto para -0,01% em setembro.
Entre os itens com maiores quedas, destacaram-se a cebola (-21,88%), a batata-inglesa (-13,45%) e o tomate (-10,70%). Em contraste, itens como mamão (30,02%), banana-prata (7,29%) e café moído (3,32%) apresentaram aumento.
Esse resultado do IPCA-15 pode proporcionar algum alívio ao Banco Central. Na semana passada, o BC elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual para 10,75% ao ano e manifestou preocupação com um possível superaquecimento da economia brasileira.
No comunicado recente sobre a decisão monetária, o BC revisou suas projeções de inflação para cima: de 4,2% para 4,3% em 2024 e de 3,6% para 3,7% em 2025 no cenário base.
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mostraram uma visão mais pessimista sobre a inflação e reforçaram as preocupações acerca da credibilidade dos números fiscais do governo.
A pesquisa Focus divulgada na segunda-feira (23) pelo Banco Central apontou que o mercado espera que o IPCA termine este ano com um aumento acumulado de 4,37%, enquanto a taxa Selic deverá chegar a 11,50%.
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