Um grupo de 11 entidades lançou nesta terça-feira (21), o movimento "Parcelo Sim!"
Ana Rodrigues Publicado em 21/11/2023, às 09h16
Um grupo de 11 entidades lançou nesta terça-feira (21), o movimento "Parcelo Sim!", em defesa das compras parceladas sem juros.
Segundo a UOL, o movimento reúne entidades como o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e a Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), além da Fecomércio-SP (Federação do Comércio de Bens e Serviços de São Paulo).
A ideia é evitar que as compras parceladas sem juros acabem em meio a discussões para redução dos juros do cartão de crédito - também conhecido como rotativo do cartão.
O "Parcelo Sim!" cita pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio), onde segundo ela, 90% dos lojistas vendem parcelado sem juros, enquanto, segundo o Datafolha, 75% dos consumidores fazem compras na modalidade.
Para entidades integrantes do grupo, que reunem empresas de comércio e serviços, as compras parceladas sem juros movimentam o comércio e aumentam vendas. Acabar com essa modalidade, portanto, prejudicaria o setor.
De acordo com estudo da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito), as compras com cartões de crédito movimentaram R$ 2,1 trilhões em 2022, e metade disso foram compras parceladas sem juros.
Essa discussão em torno do parcelamento já dura alguns meses. O presidente do BC mencionou a possibilidade de mudança no parcelado sem juros pela primeira vez em agosto, onde na época, Campos Neto disse que a modalidade é um dos principais fatores que levam o consumidor ao juro rotativo e, consequentemente, à inadimplência.
No dia 16 de outubro, a instituição sugeriu limitar a 12 o número de parcelas sem juros em compras no cartão de crédito. Nessa reunião, o RCN propôs 12 vezes como limitação inicial. Depois, o número de parcelas reduziria mais. Na ocasião, Campos Neto estava reunido com representantes do comércio, maquininhas e bancos, mas a reunião acabou sem consenso.
Diversas associações já se manifestaram contrárias a qualquer outro tipo de mudança. Onde, todas reiteram que não existe dado que comprove a relação entre o parcelamento e a inadimplência da população.
No último dia 23, Campos Neto voltou a falar sobre o tema. Em um evento promovido pelo jornal O Estado de S.Paulo, o presidente do BC afirmou que o mercado precisa ceder de alguma forma para encontrar uma solução para que as pessoas possam continuar comprando com o parcelado sem juros e não tenhamos uma bola de neve no efeito do rotativo.
A proposta para limitar o parcelamento está relacionada a discussões sobre os juros do crédito rotativo. O setor ainda precisa propor até o final deste ano, uma autorregulação que reduza os juros da modalidade, ou então, passa a valer um teto de 100% do valor original da dívida, aprovado pelo Congresso. Os bancos argumentam que para baixar o juros do rotativo, o parcelamento deve mudar.
A tentativa dos grandes bancos de eliminar ou limitar o parcelamento sem juros é uma estratégia de compensação pela redução das taxas exorbitantes do crédito rotativo e uma busca desesperada de recuperar vantagens competitivas frente às fintechs. Em vez de disputarem a preferência dos consumidores, desejam apenas manter sua lucratividade", explicou Henrique Lian, diretor de Relações Institucionais e Mídia da Proteste.
Já a Fecomércio-SP afirma que a correlação entre o rotativo do cartão e o parcelamento sem juros carece de precisão analítica.
O dilema reside, pelo contrário, nas taxas astronômicas associadas ao instrumento", informou a entidade, em nota publicada em agosto.
Leia também
VÍDEO: Maíra Cardi ignora comentários e fala sobre "chupar rola" na frente da filha
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
VÍDEO: pastor é flagrado fazendo sexo com menor de idade nos fundos de igreja
Caso Kate a Luz: outra jovem brasileira denuncia a coach pelos mesmos crimes
BOMBA! Andressa Urach revela se já fez sexo com o próprio filho
O Preço do Desrespeito às Prerrogativas da Advocacia
Membro do partido Democrata pede que Biden abandone sua candidatura
Manifestantes barram passagem de Bolsonaro em Rodovia no Pará
Haddad afirma que alterar IOF para conter o dólar não é uma possibilidade
Governo busca proibir Meta de usar dados de usuários para treinar IA