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SEGURANÇA ECONÔMICA

Agência Fitch eleva nota de crédito, impulsionando confiança nos mercados

Reformas estruturais são fundamentais para enfrentar desafios fiscais

Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Reprodução | TV Globo
Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Reprodução | TV Globo

Marina Roveda Publicado em 27/07/2023, às 08h07


Em um anúncio surpreendente, a agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou a nota de crédito do Brasil de “BB-” para “BB” nesta quarta-feira, 26, impulsionando a confiança dos mercados e dos investidores. A atualização reflete uma performance macroeconômica e fiscal melhor do que o esperado, reforçando a consolidação de reformas e as expectativas positivas relacionadas à condução de políticas econômicas pelo novo governo.

Apesar de tensões políticas persistentes desde a redução da nota em 2018, o Brasil progrediu em importantes reformas rumo a desafios econômicos e fiscais”, afirma a nota.

Após uma década marcada por desafios econômicos e políticos, a economia brasileira mostrou sinais de resiliência nos últimos tempos, superando as expectativas dos analistas. O desempenho favorável da atividade econômica, aliado ao avanço das reformas estruturais, tem sido apontado como fatores cruciais para essa melhora. Setores como agricultura, indústria e serviços contribuíram para o crescimento econômico, impulsionando a recuperação gradual do país.

A agência destacou a importância das reformas implementadas pelo atual governo, que têm sido fundamentais para enfrentar os desafios fiscais e impulsionar a economia. Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha posições que se afastam da agenda econômica liberal de presidentes anteriores, a agência acredita em seu pragmatismo e no possível apoio ao setor privado. O novo governo também é incentivado a adotar “novas regras fiscais e medidas tributárias para ancorar uma consolidação gradual”, garantindo a estabilidade econômica.

Ela também prevê que a proporção entre a dívidae o Produto Interno Bruto (PIB) do país aumente, porém, “a um ritmo mais lento e de um ponto de partida muito melhor que o antes previsto”. E, por fim, destaca que os ratings do Brasil são apoiados por “sua economia grande e diversa”, alta renda per capita, além de mercados domésticos consolidados e uma substancial reserva financeira, que favorecem a flexibilidade no financiamento soberano e a maior parte da dívida ser em moeda local.

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