Por Kleber Carrilho
Redação Publicado em 09/04/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h57
Por Kleber Carrilho
É importante olhar para a França
Neste fim de semana, ocorre o primeiro turno das eleições francesas. Embora algumas pesquisas estejam captando alguns movimentos diferentes, a tendência é que aconteça o óbvio daqui a duas semanas, no segundo turno: Emmanuel Macron será reeleito, contra a “quase” ex-radical de direita Marine Le Pen.
Porém, mais do que olhar para o resultado, é importante entender o cenário mais profundo. Macron foi um presidente medíocre, não contribuiu com absolutamente nada para o planejamento do país para o futuro, mas se beneficiou de um fato que representa um grande risco: o débâcle dos partidos e movimentos políticos tradicionais franceses.
E, como a França ainda tem uma importante característica de chegar à frente ou, pelo menos, mostrar antes as crises e rupturas sociais, já há alguns séculos, esse pode ser o recado principal: não haverá mais política como havia.
Esta observação é óbvia, porque muitos pensadores já entenderam esse processo de fim de uma época que transparece nas democracias ocidentais. Porém, a impossibilidade de que algum movimento político consiga fazer frente à irrelevância simbólica de Macron esfrega na cara de todos que algo já aconteceu, mas às vezes ainda parecia escondido, nas sociedades ditas democráticas. Michel Maffesoli é uma referência nesta observação: há muitos anos, ele demonstra que a estrutura política do Estado, com todos os penduricalhos, inclusive os partidos políticos, já não dão mais conta do que os indivíduos e os grupos sociais, cada vez mais difusos, líquidos e complexos, querem.
A pergunta que chega agora é: e depois de Macron? Saindo da França, podemos adaptar para perguntar: e depois de Biden? Chegando ao Brasil, em que grande parte dos democratas parece ter reconhecido um único caminho, a pergunta é: e depois de Lula?
Este é um mundo novo. Volodimir Zelensky, o mito de camiseta verde, é herói midiático mundial. Arranjou o seu arqui-inimigo, pode culpar os amigos que não ajudam e se tornou aquele que representa a coragem, a força e a união de um povo.
Nesta nova forma de representação política, parecer ser é muito mais importante do que ser. Mais do que sempre foi. Inclusive porque a comunicação não precisa ter nada de realidade, de plano político, de execução. É só aparecer e parecer.
Macron foi (e ainda é) o grande representante dos políticos-nada. Mas está sendo substituído rapidamente por jogadores de videogame, que movimentam mundos virtuais e metaversos, apresentam-se 24 horas por dia no grande irmão (o big brother no sentido mais orwelliano possível) das redes sociais e se mantêm no poder para encarar novos desafios, novas aventuras e novos inimigos.
Enquanto isso, as pessoas reais morrem, em guerras sem sentido, desnutridas ou obesas, sempre com um celular conectado na mão.
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