Com novo prazo para entrega do imposto de renda é preciso abandonar velhos hábitos

Por Andrezza Rodrigues*

Com novo prazo para entrega do imposto de renda

é preciso abandonar velhos hábitos

Mesmo com a entrega tendo sido prorrogada por um mês – para 31 de maio de 2022 – é quase que um hábito do brasileiro deixar a declaração do imposto de renda para a última hora. Como exemplo recente do título de eleitor onde o TSE fez 15% de todos os atendimentos no último dia.

Todos os anos é assim. Jogar para frente a “burocracia” que é fazer a declaração, parece que facilitará essa tarefa de algum modo. Talvez, a falta de entendimento sobre o assunto faça com que o processo realmente pareça complexo e “empurrar com a barriga” seja a maneira mais prática de resolver.

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Mas, se programar e se organizar com antecedência facilitará na hora de fazer a declaração. E, quem entrega antes, tem vantagens como: não pegar fila – mesmo que virtual –; ter mais tempo para retificações, se necessário; tirar dúvidas que tenha sobre como fazê-la; e uma grande vantagem que é em caso de restituição – recebê-la nos primeiros lotes.

Portanto, é hora de deixar para trás velhos hábitos e partir para um novo olhar com uma nova maneira de fazer a declaração. Desmistificar o imposto de renda e entender a necessidade de declará-lo já alivia a tensão diminuindo a carga de que essa seja uma tarefa difícil. Faça a declaração com calma e antecedência , assim ela deixará de ser maçante e complexa.

A declaração do IR é a validação, pelo governo do País, dos recursos e transações financeiras de cada um, como salários, bens móveis e imóveis, ações e investimentos. Além disso, o Imposto está ligado ao PIB (Produto Interno Bruto), já que essas movimentações financeiras definem a capacidade econômica do país.

E não é todo mundo que precisa declarar. De acordo com a Receita Federal, em 2022, estão obrigados a isso aqueles que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2021; receberam rendimentos isentos, não tributáveis superiores a R$ 40 mil; fizeram transações de bens móveis e imóveis ou operações na bolsa de valores; passaram a morar no Brasil em 2021; tinham, até 31 de dezembro do ano passado, mais de R$ 300 mil em bens e direitos e tiveram em 2021, receita bruta em atividade rural, com valor maior que R$ 142.798,50.

Como fazer

Não deixe para a última hora. Organize-se durante o ano anterior e deixe tudo à mão e com fácil acesso. Reúna documentos pessoais e comprovantes de renda atualizados e separe as movimentações financeiras como valores recebidos de pessoas físicas e jurídicas, gastos e despesas reembolsáveis e os comprovantes dessas transações.

Tenha o controle financeiro e as informações de onde e quanto gastou, de contas bancárias e cartões de crédito e tudo o mais simplificado possível. Utilizar um único cartão de crédito e diminuir o número de contas em bancos, ajuda na busca das informações necessárias para fazer a declaração.

Hoje, o governo facilita, e muito, a forma de declarar. Além do site, tem um aplicativo oficial, ambos didáticos na forma do preenchimento. Aqueles que declararam no ano anterior têm a vantagem de usar a declaração já feita e o aplicativo preenche suas informações gerais. Depois, é só incluir os novos valores. Esse ano ainda há apossibilidade de receber a restituição por PIX.

E, quanto antes entregar, mais rápido recebe a restituição. Existe uma lista de prioridades: pessoas com mais de 60 anos, com deficiência física e quem têm doença grave, recebem primeiro. Além daqueles que entregaram logo no início do prazo. A receita fornece uma lista com as datas dos lotes. Fique de olho na sua!

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*Andrezza Rodrigues é fundadora e CEO da HerMoney, contadora com especialização em planejamento estratégico e MBA em controladoria. Atuou como gestora financeira por dez anos de grandes indústrias a startups.

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