A vez da energia solar fotovoltaica
Redação Publicado em 12/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h06
A vez da energia solar fotovoltaica
O termo “matriz energética” está cada vez mais presente no vocabulário do brasileiro, principalmente pelas altas tarifas pagas pelos consumidores. Este custo nos desafia a desenvolver novos recursos energéticos e a energia solar fotovoltaica é um deles.
A indústria 4.0, o desenvolvimento de veículos elétricos e a necessidade de conectividade exemplificam a crescente demanda por energia. Existe a necessidade de incremento à capacidade de geração e a escassez e impactos das fontes não renováveis estimulam investimentos em energias limpas.
Enquanto consumidores residenciais ou corporativos, não estamos muito habituados com o processo de cocriação: sempre recebemos a energia e a consumimos. A legislação brasileira permite que o consumidor gere sua própria energia e forneça o excedente para a rede de distribuição local utilizando-a como créditos de consumo. A manutenção desta prerrogativa é essencial para o engajamento dos consumidores.
Um sistema de geração de energia fotovoltaica é composto basicamente por placas, cabos elétricos, inversores e estruturas de fixação, cuja configuração é definida de acordo com a quantidade de energia que se deseja gerar. Entretanto, parte significativa destes componentes do sistema é cotada em dólar, tornando-se uma solução acessível ainda a um público restrito no nosso país.
Estes desafios não impediram o crescimento da energia fotovoltaica no Brasil: o país bateu a marca de 13,5 Gigawatts de potência, predominantemente originados da geração por consumidores residenciais. Quando acrescentamos as grandes usinas, esta fonte de energia já é a quinta mais importante na matriz energética brasileira.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), desde 2012, foram arrecadados mais de R$ 18,2 bilhões em tributos, mais de 17,7 milhões de toneladas de CO2 foram evitadas e houve a geração de mais de 405 mil novos empregos.
Benefícios, desafios, resultados e oportunidades. Características da energia fotovoltaica e também da inovação no nosso país.
Leonardo Augusto de Campos Mestre em Gestão e Tecnologia em Sistemas Produtivos pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETPS). Especialista em Administração Industrial pela Universidade de São Paulo (USP). Engenheiro Mecânico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua há mais de vinte anos como gestor industrial e de qualidade e processos em empresas nacionais e multinacionais de diversos setores. Atuou como professor em cursos de graduação em universidade privada e como professor colaborador do curso de Pós-Graduação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Pesquisa nas áreas de Estratégias Empresariais, Inovações Sustentáveis e de Energias Renováveis. |
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