Mais de 100 (cem) dias após a invasão russa ao território ucraniano, parece que parte da imprensa mundial e muitos líderes políticos assimilaram a “operação
Redação Publicado em 06/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h29
Mais de 100 (cem) dias após a invasão russa ao território ucraniano, parece que parte da imprensa mundial e muitos líderes políticos assimilaram a “operação especial “ de Putin e o assunto vai caindo no esquecimento. Até aquela absurda teoria em que a Rússia foi forçada a invadir para se proteger, vem ganhando espaço.
Com a queda do império soviético no início dos anos 90, a Ucrânia (até então parte da U.R.S.S. União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) era a terceira potência nuclear do mundo, só ficava atrás da Rússia e Estados Unidos. Para se ter idéia do potencial, China, França e o Reino Unido não possuíam a força nuclear da Ucrânia. Cerca de 3.000 armas nucleares estavam em território ucraniano. Outras ex-repúblicas soviéticas como o Cazaquistão e Bielorrússia também possuíam este arsenal, mas em quantidade menor.
Como este País ficou tão vulnerável e militarmente enfraquecido?
Com o apoio dos Estados Unidos, foi firmado acordo assinado pela Ucrânia, Rússia e Reino Unido, onde a Ucrânia devolveu a Rússia todas suas armas nucleares com uma única exigência : Reconhecimento como País independente e garantia que a Rússia não invadiria seu território. Cabe salientar que a Ucrânia foi a ex-república soviética que mais resistiu a esta devolução, sendo praticamente obrigada a aceitar em função das imposições das outras potências. Na época, o motivo alegado pelo povo e governantes ucranianos era bem simples: “Não confiamos na Rússia”. A profecia se cumpriu!
Já faz 8 anos que a Rússia invadiu e tomou território ucraniano, mas parece que a opinião pública já esqueceu da Crimeia em 2.014. Agora o ditador russo travestido de Presidente eleito, vale-se da ameaça da entrada da Ucrânia na OTAN, além do seu imenso e inenarrável espírito humanitário na defesa dos territórios separatistas de Donetsk e Lugansk para justificar a invasão.
Como podemos aceitar que uma mera suposição de um ditador (entrada da Ucrânia na O.T.A.N – Organização do Tratado do Atlântico Norte) possa valer mais que acordo assinado por seu País e não cumprido (Memorando de Budapeste).
As notícias sobre as mortes, bombardeios, destruição de cidades e famílias vão perdendo espaço enquanto o preço do petróleo, alimentos e inflação em boa parte provocados pela invasão, ganham força. Aceitar que a solução passaria pelo reconhecimento, mesmo que parcial, dos absurdos praticados pela Rússia, visando o restabelecimento da economia mundial, seria dar o atestado que Putin quer para a reorganização da República Soviética.
As sanções econômicas contra a Rússia foram aumentadas, mesmo porque desde 2.014 elas vêm ocorrendo, mas será que vão funcionar contra a maior potência nuclear do mundo? A resistência russa é conhecida mundialmente faz muito tempo, basta examinar a estratégia utilizada contra as tropas nazistas na Segunda Guerra Mundial. Será que agora vai funcionar?
A China, nova e poderosa amiga da Rússia, está indiretamente sustentando sua economia, isto mesmo, a China que durante as últimas décadas cresceu em detrimento de empregos de muitos americanos, europeus e até latinos. Alimentamos e criamos uma dependência enorme daquele que agora se alia ao inimigo. Entregamos as armas e os meios de produção a quem nunca foi confiável e agora esperamos bom senso daqueles que nunca o tiveram.
Neste ponto, devemos reconhecer a habilidade do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Um país com área menor que o Maranhão, população equivalente ao estado de Minas Gerais e P.I.B.- Produto Interno Bruto de Goiás, faz o Presidente dos Estados Unidos ir até lá e dialogar com ele. Causa pânico na terceira maior economia do mundo (Japão) e faz testes com armas nucleares em seu território sem dar satisfação a ninguém.
Adivinhe o motivo….. Eles têm armas nucleares potentes!
Será que Putin invadiria a Coréia do Norte?
A estratégia da Rússia é muito clara, vai resistir e esperar que este esfriamento mundial cresça devido à crise econômica e esgotamento dos recursos naturais que o mundo consome dela, enquanto se reorganiza para a nova República Socialista Soviética.
Os dias vão passando e o mundo mantém a dependência do petróleo e gás russo, dos produtos industrializados da China, gerando emprego e crescimento onde não temos controle.
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