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As startups no Brasil

Por Marauê Carneiro

As startups no Brasil
As startups no Brasil

Redação Publicado em 20/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h58


Por Marauê Carneiro

Enquanto muitos setores ainda tentam se recuperar da crise (em sua grande parte relacionada aos reflexos da pandemia sobre a economia), as startups no Brasil vão muito bem.

Com recorde histórico de investimentos apenas no 1º semestre de 2021, atingindo a cifra de US$ 5,2 bilhões, o volume aportado em startups nos primeiros seis meses do ano já ultrapassou em 45% o total investido em todo o ano de 2020.

Os dados são do mais recente estudo Inside Venture Capital da plataforma Distrito, que também revelou que foram realizados 339 aportes de janeiro a junho de 2021 – número aproximadamente 35% superior ao do ano passado.

Durante a pandemia, grandes empresas aceleraram o investimento digital, impactando na busca por este modelo de negócio escalável e repetível. Prova disso foi a aquisição, recente, de startups pela Nubank, Stone e Magalu, por cifras milionárias.

Esse crescimento exponencial exige, porém, um ambiente nas startups mais estruturado para investimentos e focado para a velocidade das mudanças.

O número de M&As (termo em inglês para ´´Mergers and Acquisitions´´ que, em português, quer dizer ´´fusões e aquisições´´), também saltou. Foram realizadas 113 fusões e aquisições relacionadas às startups, um número 121% superior ao mesmo período do ano passado, quando tivemos 51 M&As.

Isso reforça a solidificação do mercado de M&As no Brasil, especialmente quando há startups envolvidas.

As fintechs  lideram em número de incentivos recebidos com 72 aportes, seguida de RetailTech e HealthTech, com 36 e 29 aportes, respectivamente.

Já em relação às healthtechs, espera-se um crescente número de soluções voltadas para a saúde e bem estar, visto que a indústria está enfrentando uma série de dificuldades que foram escancaradas pela pandemia da COVID-19, abrindo portas para problemas que antes não eram tão emergenciais.

Vale lembrar aos empreendedores de plantão que o dinheiro está, sim, na mesa, mas existe uma opinião em comum dentro do ecossistema principalmente no ponto de vista das aceleradoras  e fundos de investimentos de que o que está faltando mesmo é uma real demanda de projetos consistentes e aptos a receberem aportes!

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*Marauê Carneiro CEO – www.kaxola.com
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