por Agenor Duque
Publicado em 24/02/2023, às 07h51
A história de Israel é marcada por perseguições e investidas de diversas nações para destruí-lo. Desde os tempos bíblicos, a nação escolhida por Deus para cumprir o propósito especial de revelá-lo a todas as nações é alvo de preconceito e ódio.
Após serem expulsos da Península Ibérica, a partir da Idade Moderna, comunidades judaicas instalaram-se ao norte da Europa, em regiões protestantes, vindo a desfrutar de certa liberdade religiosa e a desenvolver-se em diversas áreas, após o advento dos Direitos Universais do Homem, por ocasião da Revolução Francesa. Com isso, no século 19, ascenderam econômica e intelectualmente, passando a ser acusados por vários países de os querer dominar, e foi esse o contexto do surgimento da aversão e preconceito contra judeus, conhecido como antissemitismo. Em meio à perseguição, os judeus passaram a desejar retornar à Palestina e fundar o Estado Judaicoali.
O século 20 foi marcado por uma das maiores atrocidades da história: o Holocausto, instituído pela mente maligna de Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial, onde pelo menos seis milhões de judeus foram assassinados com altos requintes de crueldade. Com o fim da guerra, no ano de 1948, foi fundado o Estado de Israel, mesmo sob protestos de palestinos e árabes. Daí em diante os conflitos não cessaram.
A contar dos últimos cem anos, Israel e a Palestina estão em conflito há mais de setenta, e o cenário de guerra é constante e tem como motivo principal a disputa pelo território palestino. Entre 2019 e 2020, o conflito aumentou, mas em 2022 começou a diminuir, depois de um acordo de trégua.
Durante seu mandato, o governo Bolsonaro destacou várias vezes a importância de Israel para o Brasil e fortaleceu os laços com o governo do país. Entretanto, seguindo a linha de contrariar tudo o que possa, ainda que minimamente, remeter à figura do ex-presidente Jair Bolsonaro, o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou na sexta-feira (17) um comunicado condenando a decisão do Estado de Israel pela legalização de nove assentamentos na região da Cisjordânia, território administrado pelo país desde 1967 e objeto da reivindicação por parte dos palestinos.
A decisão do Ministério das Relações Exteriores, em ação conjunta com governos argentino, chileno e mexicano, todos mandatários esquerdistas, configura-se como uma reviravolta na diplomacia e caminha contrariamente ao posicionamento adotado pelo Brasil nos últimos quatro anos, já que sob gestão Bolsonaro, o Itamaraty manifestava-se favoravelmente a Israel no cenário internacional.
Os assentamentos foram legalizados como reação aos ataques recentes da Palestina. Com a ação, Netanyahu posta-se coerentemente às promessas que fez à época da eleição de “estabelecer o respeito à soberania israelense”.
O comunicado conjunto emitido pelo Brasil, México, Chilee pela Argentina, países aliados contra Israel afirma:
Nossos governos expressam oposição a qualquer ação que comprometa a viabilidade da solução de dois Estados, na qual Israel e Palestina possam compartilhar fronteiras seguras e reconhecidas internacionalmente, respeitando as legítimas aspirações de ambos os povos de viver em paz.
Apesar das investidas contra Israel ao longo de toda a história, o país se mantém firme, mesmo que não sem dores. Por isso mesmo, dentre outras razões, não se pode negar que a nação seja, de fato, especial para Deus, não do ponto de vista de um privilégio cego, mas devido ao propósito divino para a nação, desde tempos remotos, quando o povo hebreu foi liberto da escravidão do Egito e rumou à terra prometida, tudo visando ao cumprimento do grande plano de Deus: a vinda do Messiasao mundo, para salvar pecadores e promover a paz entre eles e o Deus santo. Israel foi primeiramente escolhido para fazer essa mensagem chegar aos confins da terra, missão que hoje é realizada em parceria com a igreja formada por gentios que foram incluídos graciosamente no plano eterno de Deus.
A Bíblia declara que os planos do Senhor não podem ser frustradose que tudo o que ele determinou se cumprirá. Desta forma, ainda que os mais efetivos esforços sejam aplicados para destruir Israel, todos sucumbirão e, no final, restará, intacto, o propósito divino, ileso e totalmente cumprido.
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