Atualmente, a enfermeira trabalha na Educação Permanente do Hospital Municipal Brasilândia, na Zona Norte da cidade de São Paulo. Neste departamento, ela é
Redação Publicado em 11/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h45
Prestes a completar um ano trabalhando na linha de frente do combate à Covid-19, a enfermeira Rayssa Martins, de 30 anos, não esconde o cansaço diante da rotina pesada.
“É tudo assustador e não podemos pensar de uma forma assustadora, porque assim a gente desiste. É muito cansaço, muita sobrecarga, mas a gente não pode desistir agora. Estamos na luta há um ano, a mochila está mais pesada agora, mas sabemos do que somos capazes, sabemos que temos multiprofissionais empenhados, trabalhando juntos para recuperar os pacientes.”
Rayssa conversou com o G1 pela primeira vez em 23 de maio de 2020. Confira abaixo as mudanças na rotina dela após um ano de pandemia.
Atualmente, a enfermeira trabalha na Educação Permanente do Hospital Municipal Brasilândia, na Zona Norte da cidade de São Paulo. Neste departamento, ela é responsável pelo alinhamento da equipe e tem muito contato com os profissionais que estão na assistência dos pacientes com Covid.
Ela explica que, com isso, acaba ouvindo muitos relatos e percebe que o cansaço é generalizado – especialmente agora, quando o Brasil vive o pior momento da pandemia.
“É o maior desafio até aqui: lidar com a sobrecarga não só do trabalho, porque ele está intenso desde o início da pandemia, mas também com o cansaço pelo período. Já somamos um ano, e a gente ainda vê os números aumentando. Aumenta o número de casos, número de óbitos estourando recorde a cada dia, é cada dia mais cansativo.”
Em fevereiro, Rayssa disse ao G1 que sentia “esperança e alívio” diante do início da campanha de vacinação. Mas a sensação mudou no último mês.
“Um ano atrás, eu não sabia como seria, como prevenir [a doença], não tinha tantas certezas. Hoje, ainda não sabemos o pós-Covid, mas já temos ideia do antes e durante, só que com o peso de um ano nessa luta. Parece que a esperança que a vacina trouxe foi por ralo abaixo. Não que a vacina não seja esperança – porque ela é –, mas eu esperava mais rapidez.”
Rayssa também fala sobre a preocupação diante da crise vivida pelo Brasil – em que muitos hospitais não têm insumos nem leitos de UTI.
“A gente vê o que está acontecendo no país inteiro e se preocupa. Sabemos que podemos ter obstáculos de fornecimento de material. Em termos de ocupação, todas as instituições estão superlotadas. Mas, hoje, temos casos de altas diárias e isso tem permitido o giro de pacientes. Hoje, nós temos recursos para atender com qualidade. Acaba sendo até um alívio saber que ainda conseguimos oferecer assistência de qualidade mesmo com a taxa de ocupação alta, mesmo com o cansaço e com a sobrecarga.”
“A nossa realidade [Hospital Municipal da Brasilândia] não é a mesma de todas as instituições. Tem lugares que não conseguem garantir o que garantiam meses atrás e é muito preocupante não saber quando isso vai mudar.”
Apesar de todas as dificuldades e tensões, Rayssa afirma que o que não mudou desde o início da pandemia é o alívio ao dar alta para um paciente.
“A melhor sensação é ver o paciente indo para a família dele, indo para casa recuperado. É muito gratificante saber que, entre trancos e barrancos, nós oferecemos o melhor para o paciente.”
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Fonte: G1 – Globo.
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