Especialistas respondem como essa prática pode fazer mal a saúde capilar
Gabrielly Bento Publicado em 12/09/2024, às 19h00
Dormir com o cabelo molhado é um hábito comum para muitos, especialmente após um banho noturno ou um mergulho inesperado. No entanto, essa prática pode ter implicações negativas para a saúde dos seus fios e para o seu bem-estar geral.
A umidade, o atrito com o travesseiro e a fragilidade dos fios molhados são os principais vilões dessa prática. Entenda os riscos envolvidos desse hábito.
Em entrevista ao Metrópoles, o especialista em dermatologia André Moreira, integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia, esclarece que adormecer com os cabelos úmidos pode aumentar a probabilidade de desenvolver dermatite seborreica, popularmente chamada de caspa.
“A dermatite seborreica é causada pela proliferação de fungos que já estão presentes no couro cabeludo. A umidade gerada ao dormir com o cabelo molhado favorece o crescimento desses fungos, aumentando a probabilidade de desenvolver a condição”, diz o especialista.
Já a dermatologista Maria Angélica Muricy, explica ao portal, a importância do microbioma do couro cabeludo para manter a saúde dos cabelos.
“Existe um microbioma, que é uma flora de microrganismos que vive na pele. No couro cabeludo, não é diferente. Os fungos, especialmente, preferem ambientes quentes, escuros e úmidos. Quando você lava o cabelo, não seca e vai dormir, cria-se um ambiente ideal para a proliferação dos fungos, principalmente os do tipo Malassezia”, reforça.
Vale ressaltar que, a prática de dormir com cabelos úmidos pode enfraquecer os fios e aumentar sua porosidade. Além disso, Moreira explica um mito muito famoso, que é “Dormir com cabelo molhado causa resfriado?” e, segundo o especialista, não causa resfriado. Segundo ele, essa ideia é incorreta e frequentemente repetida.
“O resfriado é uma doença viral que só é contraída ao entrar em contato com o vírus responsável, e não há evidências científicas de que o cabelo molhado facilite infecções. Essa é uma crença antiga, passada de geração para geração, mas sem respaldo em estudos médicos”, explica o mito.
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