Segundo a família, Mário saiu de Cajobi (SP) para visitar uma enteada em Catanduva. Ao voltar, na madrugada de sábado, bateu com o carro numa das barreiras de concreto que estão bem em frente ao buracão. O veículo capotou e ele foi arremessado para fora, não resistindo aos ferimentos.
Já faz nove meses que o buraco continua aberto. Desde então, sete acidentes aconteceram, com seis mortes. As primeiras quatro foram em janeiro, em dois acidentes em um mesmo dia. Elas caíram dentro da cratera. Dias depois, um caminhão carregado com telhas também caiu no buraco, e o caminhoneiro morreu.
Em abril, o motorista de outro caminhão ficou ferido depois de perder o controle. O veículo saiu da pista e tombou. Em setembro, outras quatro pessoas ficaram feridas depois que o carro em que elas estavam bateu numa barreira de concreto.
Desde que a ponte foi levada, os motoristas usam um desvio, ao lado, mas muita gente tem medo. O desvio é de terra e fica numa baixada. Uma placa no local indica que há risco de inundação. Além disso, a grade de proteção está quebrada e a placa que indica a velocidade máxima permitida está quase caindo. “A noite não se vê nada, para quem não conhece o local é complicado, a passagem é estreita”, afirma o motorista Sebastião Cordeiro.
De Novais até a ponte, há quatro placas sinalizando o perigo. A primeira fica a 1.500 metros do local e, no sentido oposto, também existem quatro placas. Duas alertam para obras na pista e uma proíbe a passagem de caminhão, mas é fácil encontrar algum passando pela estrada.
A prefeitura de Catanduva disse que ainda aguarda a liberação de dinheiro para reconstruir a ponte, quase R$ 800 mil, e que o projeto foi encaminhado para Defesa Civil no mês de maio. A prefeitura ainda disse que estuda a possibilidade de colocar iluminação no local para facilitar o trânsito durante a noite.