POR FALTA DE EMPRESAS CREDENCIADAS PELO DETRAN MOTORISTAS SÃO OBRIGADOS A SE DESLOCAR PARA OUTRA CIDADE EM BUSCA DO SERVIÇO
Redação Publicado em 02/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h33
POR FALTA DE EMPRESAS CREDENCIADAS PELO DETRAN MOTORISTAS SÃO OBRIGADOS A SE DESLOCAR PARA OUTRA CIDADE EM BUSCA DO SERVIÇO
A falta de empresas credenciadas suficientes para emplacar veículos com o modelo Mercosul, que passou a valer no último dia 31 de janeiro, está gerando um verdadeiro pesadelo para os proprietários que precisam emplacar seus veículos no estado de São Paulo.
A insatisfação tem vários motivos, a começar pela falta de empresa credenciada na maioria das cidades paulistas o que tem obrigado os motoristas a viajarem até outro município em busca do serviço. “Tem proprietário perdendo dia de serviço por causa disso. E o pior, a gente chega no local e precisa aguardar horas e horas até ser atendido. Falta estrutura.
Em Bauru, por exemplo, só existe uma empresa credenciada para o emplacamento. É muito pouco até para atender a frota de quase 300 mil veículos do município, imagina então com as cidades da região vindo para cá. Vira o caos” reclama José da Silva, motorista de aplicativo, que mora em Espirito Santo do Turvo e viajou 65 km até Bauru porque na cidade dele não tem nenhuma empresa credenciada.
De acordo com Hélio Rabello, membro da executiva da ANFAPV – Associação Nacional dos Fabricantes de Placas Veiculares, faltou planejamento por parte do Detran do estado de São Paulo. “A impressão que se tem é que atualmente o Detran paulista não acompanha o ritmo de São Paulo. Enquanto o estado anda acelerado, ele está em marcha lenta. Foi um dos últimos a aderir a essa determinação do DENATRAN , portanto, houve tempo mais do que suficiente. Resultado: a conta sobra para o cidadão que paga para receber em troca um serviço de péssima qualidade”.
Hélio questiona também o sistema de credenciamento adotado pelo Detran. Ele entende que “a escolha das empresas que fazem o emplacamento deveria ser feito através do processo de licitação. Essa forma em vigor agora é frágil e insegura”.
A falta de empresas credenciadas não é o único problema enfrentado pelos proprietários de veículos em São Paulo. A nova placa está sendo vendida por preços que variam de 200 a 250 reais, muito acima da tabela sugerida que é de R$138,24 para carros – e outros veículos que necessitam de duas placas – e de R$ 114,86 para motocicletas – ou outros veículos que utilizam apenas uma placa.
O modelo Mercosul se torna obrigatório para o primeiro emplacamento ou troca do município de registro do veículo. Em caso de furto ou dano que dificulte a leitura da placa, o motorista também deverá efetuar a troca. Os condutores que não se enquadram nas obrigatoriedades podem, ainda, fazer a mudança por opção.
A instalação é feita em duas etapas. Primeiro, o motorista leva a nota fiscal do veículo e outros documentos a uma unidade do Detran, que emite o Certificado de Registro do Veículo (CRV). Com o CRV em mãos, o condutor precisa se dirigir a uma estampadora credenciada, pagar pela placa e fazer a instalação.
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