Temendo crise econômica, Elon Musk demitirá 10% dos funcionários da Tesla

Segundo informações obtidas pela Reuters nesta quinta-feira (03), Elon Musk afirmou que vai precisar cortar 10% do quadro de funcionários da Tesla. Dois dias depois de acabar com o home office na empresa, o CEO da montadora de carros enviou uma mensagem intitulada “pause todas as contratações em todo o mundo”, que soou também como um coro de aletas de líderes empresariais sobre os riscos de recessão.

Segundo mostrou um relatório anual da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), quase 100 mil pessoas estavam empregadas na Tesla e suas subsidiárias no final de 202.

Depois deste suposto e-mail, as ações da Tesla desta sexta-feira (03) caíram quase 5% no pré-mercado dos EUA, e as de Frankfurt, caíram 3,6% após o relatório.

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Esta não é a primeira vez que Musk fala sobre a piora da situação econômica mundial.

Em uma reunião em meados de maio, ele disse: “Acho que provavelmente estamos em recessão, e essa recessão vai piorar”, mas que seria “uma coisa boa” porque “algumas falências precisam acontecer”.

Musk alertou sobre os riscos de recessão nas últimas semanas, mas seu e-mail ordenando o congelamento de contratações e demissões foi a mensagem mais direta e clara do chefe da montadora.

A demanda por veículos Tesla e outros veículos elétricos permaneceu forte até agora, e muitos indicadores tradicionais de desaceleração – incluindo aumentos de estoque e incentivos de revendedores nos EUA – não se materializaram.

“O sentimento ruim de Musk é compartilhado por muitas pessoas”, disse à Reuters ochefe global de pesquisa macroeconômica do banco holandês ING, Carsten Brzeski. “Mas não estamos falando de recessão global. Esperamos um arrefecimento da economia global no final do ano. Os EUA vão esfriar, enquanto a China e a Europa não vão se recuperar.”