Mais uma submetralhadora como a que teria sido usada no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes desapareceu do arsenal das
Redação Publicado em 22/05/2018, às 00h00 - Atualizado às 19h49
Mais uma submetralhadora como a que teria sido usada no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes desapareceu do arsenal das forças de segurança. De acordo com informações exclusivas do RJ2, uma arma do modelo MP-5 sumiu do controle da Polícia Federal – outras cinco já haviam sido dadas como desaparecidas pela Polícia Civil do Rio.
O desaparecimento foi constatado há três anos, no Núcleo Especial de Polícia Marítima da PF, que tem sede na Praça Quinze. Além da arma, dois carregadores calibre 9 milímetros desapareceram na mesma época. Ao contrário da Polícia Civil, a Polícia Federal abriu um procedimento para investigar o caso. Até hoje a submetralhadora não foi encontrada.
A Polícia Federal informou que um servidor foi responsabilizado, em 2017, pelo desaparecimento da submetralhadora. No entanto, a nota não esclarece qual foi a punição que ele recebeu.
A PF declarou ainda que abriu um inquérito para apurar o extravio da munição do lote UZZ-18, usada na morte da vereadora Marielle e do motorista Anderson Gomes
Segundo peritos, os quatro tiros que atingiram a cabeça da vereadora no dia 14 de março foram disparados em uma só rajada com a submetralhadora de origem alemã. Outro disparo ainda matou o motorista Anderson Gomes, baleado nas costas. Os autores do crime ainda não foram encontrados.
A submetralhadora é pouco usada entre criminosos do estado, segundo investigadores, mas armas semelhantes são utilizadas pelas forças especiais das polícias Civil, Militar e Federal. A DH investiga possíveis desvios.
Os repórteres Leslie Leitão e Bette Lucchese tiveram acesso a outra informação exclusiva: além do vereador Marcello Siciliano, do PHS, a Polícia Civil investiga a participação de outros políticos no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Os nomes deles, por enquanto, são mantidos em sigilo – alguns não têm cargos na Câmara de Vereadores do Rio.
Até o momento, a principal linha de investigação da Divisão de Homicídios está baseada no depoimento de uma testemunha. Ela apontou o vereador Marcello Siciliano e o ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, como mandantes do crime.
Orlando está preso por outro motivo. Nos próximos dias, vai ser transferido para uma penitenciária federal de segurança máxima, fora do Rio. Tanto o vereador quanto o ex-PM negam as acusações.
Ainda segundo informações do RJ2, três pessoas – e não quatro – estavam dentro do carro de onde foram feitos os disparos que mataram a vereadora e o motorista.
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