Na última sexta-feira (16), um professor que trabalhava na escola Conflans Saint-Honorine, na cidade de Eragny, que fica a 50 km de Paris, foi decapitado .
Redação Publicado em 17/10/2020, às 00h00 - Atualizado às 20h18
Na última sexta-feira (16), um professor que trabalhava na escola Conflans Saint-Honorine, na cidade de Eragny, que fica a 50 km de Paris, foi decapitado . Este sábado (17), a polícia já prendeu suspeitos de envolvimento no crime — entre eles familiares do agressor, que foi alvejado pela polícia, e pais de outros alunos.
Os detalhes passaram a ser divulgados no decorrer deste sábado (17). O crime ganhou repercussão e chocou a França e alunos do professor. O presidente francês, Emmanuel Macron , foi ao local da ocorrência e o Palácio do Eliseu anunciou a realização de uma homenagem nacional ao professor nos próximos dias.
Além disso, alunos, pais e professores criaram um memorial para o professor em frente à escola, onde depositam cartazes de agradecimento e flores.
A vítima era Samuel Paty, tinha 47 anos e deixou a esposa e filhos. Ele foi encontrado morto com várias facadas no pescoço após deixar a escola ontem, por volta das 17h.
O que motivou o crime foi ter mostrado uma charge feita pelo jornal Charlie Hebdo, que foi alvo de um grande massacre em 2015 , sobre o profeta Maomé. A razão para isso era ensinar aos alunos, com faixa etária de 13 anos, sobre liberdade de expressão .
Antes de apresentar as ilustrações para a turma, relatos apontam que Paty perguntou a estudantes islâmicos se gostariam de se retirar da sala para evitar constrangimentos. Alguns aceitaram, enquanto outros permaneceram em classe.
A recepção por parte de alunos e pais foi mista. Enquanto as crianças passaram a comentar e debater sobre a aula durante o intervalo, alguns pais chegaram a chamar Paty de “bandido” em um vídeo nas rede sociais e encaminharam comunicados à associação de pais e alunos.
Para a agência AFP, uma aluna de 13 anos afirmou que o professor passou os outros dias “desconfortável” porque muitos alunos afirmaram que Paty era racista e “islamofóbico”.
Por outro lado, alunos relatam que o professor era lembrado como um homem gentil que promovia debates e conversas sobre diversos assuntos. “Ele se envolvia nas aulas, queria realmente nos ensinar as coisas”, disse um ex-aluno de 16 anos.
No Twitter, um colega de Paty afirmou que estava destruído. “Citarei o teu nome e o teu exemplo, camarada, a todos que quererão ainda exercer essa linda profissão”, escreveu o amigo.
Quem cometeu o atentado foi um jovem de 18 anos que estava na França há 12 anos como refugiado. Abdoullakh Aboyezidvitch A. Ele era da Chechênia e não possuía antecedentes criminais. Segundo o jornal Le Monde, os pais, o irmão mais novo e o avô dele também foram detidos por possível ligação com o crime.
Autoridades afirmam que o corpo de Paty foi encontrado ao lado de um homem que estava muito agitado. Ele fugiu até os limites da cidade de Eragny, onde foi abordado por policiais. Ele abandonou a faca usada no crime ao lado do corpo do professor.
Abdoullakh ameaçou as autoridades com uma arma similar à de fogo e os policiais atiraram. O autor do crime faleceu no local onde levou o tiro. A polícia investiga o caso e o trata como um atentado terrorista ligado ao extremismo islâmico.
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IG
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