Choque, horror e perplexidade — essas são três palavras que podem descrever o humor de muitos indivíduos em Moscou, capital da Rússia, e na cidade de Rostov,
Redação Publicado em 25/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 11h35
Choque, horror e perplexidade — essas são três palavras que podem descrever o humor de muitos indivíduos em Moscou, capital da Rússia, e na cidade de Rostov, na quinta-feira (24/2). Mas há uma divisão de opiniões sobre se as ações do presidente Vladimir Putin devem ser condenadas ou aplaudidas, apontam os repórteres do serviço russo da BBC.
Quando dois jovens bem vestidos pararam para conversar com a BBC, um deles pareceu bastante relaxado ao comentar sobre a invasão da Ucrânia.
“Sim, ouvimos algo, mas não tivemos a chance de entender o que está acontecendo”, disse.
Russos tentam absorver notícias sobre a invasão da Ucrânia — Foto: BBC
Mas ele logo foi interrompido por seu amigo. “Estamos chocados”, corrigiu. “Nós nunca vimos uma guerra em nossas vidas e estamos prestes a ver uma.”
Um homem com um casaco azul brilhante pareceu inconformado.
“Não está claro o que está sendo feito e tudo é muito assustador”, disse. “Mas, além do medo, há uma sensação de horror e vergonha sobre o que nossas autoridades estão fazendo. No meu círculo de amigos, esse é um sentimento muito comum.”
Este homem declarou que ele e seus amigos se sentiram envergonhados com as ações do governo russo — Foto: BBC
“Nunca votei naqueles que estão no poder agora e fiz o que pude, ou o que uma pessoa na Rússia é capaz de fazer atualmente para afetar a vida política: fui a protestos.”
“Não sei se teremos protestos agora. Todo mundo está com muito medo.”
Uma mulher que conversou com a reportagem disse que não sabe ao certo o que fazer com as últimas notícias, embora seja geralmente contra guerras.
Esta mulher disse que os políticos estavam pensando em si mesmos, e não no povo — Foto: BBC
“São os políticos tentando resolver as coisas entre eles e as pessoas comuns acabam sofrendo. Isso não vai fazer bem para minha família.”
Alguns que se posicionaram abertamente contra a invasão se reuniram na praça Pushkin, no centro de Moscou, para protestar. Anastasia Golubeva, jornalista da BBC na Rússia, estima que havia inicialmente mais de 200 pessoas reunidas antes que a polícia levasse as pessoas a saírem dali.
Qualquer um que começasse a gritar palavras contrárias à guerra era detido.
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G1
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