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Psicóloga alerta sobre crise mental de profissionais da saúde

A escola de medicina da Universidade de Zhejiang, na China, publicou um estudo que mostra que uma quantidade considerável dos profissionais da saúde que estão

Psicóloga alerta sobre crise mental de profissionais da saúde
Psicóloga alerta sobre crise mental de profissionais da saúde

Redação Publicado em 23/05/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h00


Combate à pandemia da Covid-19 pode causar depressão, ansiedade, insônia e estresse

A escola de medicina da Universidade de Zhejiang, na China, publicou um estudo que mostra que uma quantidade considerável dos profissionais da saúde que estão na linha de frente no combate à Covid-19 relatam sintomas de depressão, ansiedade, insônia e estresse. As condições são mais presentes em mulheres, mas homens também sofrem do estresse.

A psicóloga Adriana Cabana, da Prontobaby, afirma que o apoio familiar é fundamental para que o profissional da saúde se mantenha firme na linha de frente do combate à pandemia. “Além da pressão psicológica da rotina hospitalar, há o risco de contaminação e de levar a doença para casa”, afirma Cabana. “A família precisa entender e se adaptar à rotina desse profissional, evitando que ele sinta-se solitário e isolado em sua própria residência”.

A família deve contribuir para que o profissional da saúde mantenha a mente limpa e saudável neste momento delicado. Segundo a psicóloga, compreensão e adaptação são os principais tópicos.

“Os primeiros sinais de que algo não vai bem em nossa saúde mental são insônia, tristeza, falta de vontade de ir trabalhar, cansaço extremo e ansiedade”, alerta a especialista. “A depressão é uma doença com muitas nuances e sintomas, e o primeiro passo é identificar se algo está atrapalhando sua rotina diária. O Conselho Federal de Psicologia liberou o acesso à psicoterapia online, que é um bom recurso para momentos em que encontros presenciais são limitadas”.

Desligar do trabalho

A psicóloga sugere que o profissional tenha momentos de descanso para a mente e mantenha contato com a família. Se tiver filhos, é recomendável evitar assuntos delicados sobre o tratamento da Covid-19. “Crianças muito pequenas não precisam saber detalhes sobre número de óbitos e principais sintomas. Os adolescentes já podem ter contato com mais informações, para que dúvidas sejam esclarecidas”, afirma Cabana.

“Nas horas vagas, é importante não fazer nada que tenha relação ao trabalho”, finaliza a especialista. “Simplesmente tentar desligar da realidade da pandemia nos momentos de folga”.

IG

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