Redação Publicado em 30/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 19h22
A Justiça de São Paulo aceitou formalmente a denúncia do Ministério Público contra o procurador municipal de Registro, Demétrius Oliveira de Macedo, por espancar a procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de Barros.
A decisão é do juiz Raphael Ernane Neves, da 1º Vara de Registro, que considerou que “o Ministério Público apresentou descrição suficiente dos fatos criminosos relacionados à ofensa à integridade corporal”.
Em documento de denúncia obtido pelo G1, o MP descreve o ocorrido como “evidente intento homicida“, que só não se concretizou devido a “circunstâncias alheias a vontade do agente”.
“O ataque contra a incolumidade física da vítima e a gravidade dos ferimentos, estampada nas fotos da ofendida, atingida primordialmente no rosto e cabeça, região vital, não deixam dúvidas que Demétrius buscava a morte da vítima”, diz trecho da denúncia divulgado pelo jornal Estado de S. Paulo.
Macedo agora responde por tentativa de feminicídio e terá 10 dias para entregar sua defesa. Em sua versão do ataque, via nota encaminhada ao portal Metrópoles no domingo (26), o réu alega sofrer de “problemas de ordem psiquiátrica” desde 2020.
“É evidente que os acontecimentos do último dia 20/06 ocorreram em novo episódio psicótico, provavelmente com delírio persecutório, em meio ao qual, privado da razão, o procurador lamentavelmente veio a cometer os atos de lesão corporal que merecem o absoluto repúdio da sociedade” alega a defesa do réu em comunicado oficial.
Na tarde de segunda-feira (20), Macedo agrediu Gabriela na sala da procuradoria geral do município do Registro. Segundo o Boletim de Ocorrência, ele desferiu uma cotovelada na cabeça da procuradora e continuou com socos no rosto.
A vítima tentou se defender e até recebeu ajuda de uma outra funcionária presente na hora, que foi empurrada contra a porta. Gabriela só conseguiu ser tirada da frente do agressor, quando dois funcionários do setor jurídico escutaram os gritos e foram até o local.
A procuradora acredita que a motivação do crime veio após cobrar providências sobre um episódio de grosseria contra uma funcionária do setor. Na segunda-feira (20), foi publicada no Diário Oficinal do município a criação de uma comissão para apurar os fatos.
O procurador disse à polícia civil sofrer assédio moral no local de trabalho e chegou a ser conduzido ao 1º Distrito Policial (DP) do município, mas foi liberado após um boletim de ocorrência sobre o caso ser registrado.
A prefeitura de Registro afirma estar tomando as medidas necessárias para exonerar Macedo, que começou com a suspensão do agressor sem direito a salário.
Leia também
Mariah Carey agita São Paulo e esgota ingressos para show histórico
Andressa Urach vende piercing íntimo por valor de centenas de milhares
Influenciador com cinco esposas faz harmonização íntima para aumento genital
Camila Moura se emociona ao falar sobre término com Lucas Buda em "A Fazenda 16"
Governo Federal realizará novo levantamento de beneficiário do Bolsa Família