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Polícia combate quadrilha que atua no Camelódromo do Rio

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/Mprj) e a Delegacia de Repressão às Ações

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Redação Publicado em 04/12/2019, às 00h00 - Atualizado às 11h42


Ministério Público também participa da operação

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/Mprj) e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) deflagraram, hoje (4), a operação Camelus para cumprir mandados de busca e apreensão contra oito denunciados, acusados de integrarem um grupo criminoso com atuação no Centro Comercial da Uruguaiana (CCU), conhecido como Camelódromo da Uruguaiana, no centro do Rio de Janeiro.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) informou que os mandados estão sendo cumpridos em endereços de diversos municípios do estado, inclusive da Baixada Fluminense.

Segundo a Sepol, as investigações indicam “indícios de que tanto a atual administração do CCU quanto a antiga praticam extorsões e aquisições e boxes de forma irregular no mercado popular da Uruguaiana”.

Como o grupo agia

Conforme denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público, no período de abril de 2015 a maio de 2018, com a participação de agentes públicos, os denunciados praticavam, entre outros, crimes de extorsão de comerciantes, venda e cessão irregular de espaço público permissionário, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

As investigações indicaram ainda que praticavam outras irregularidades, colocando em risco a vida de comerciantes e frequentadores do local.

De acordo com o Ministério Público, o grupo utilizava esquema criminoso para, por meio da associação de comerciantes do local, “usurpar funções públicas que deveriam ser desempenhadas pelo estado e pelo município do Rio de Janeiro, utilizando-se ainda de agentes públicos, responsáveis por inibir a efetiva fiscalização e garantir a omissão estatal, viabilizando assim a construção irregular em espaço público, alteração fraudulenta de titularidade de boxes no cadastro de permissionários junto à Prefeitura, bem como o fomento às demais práticas criminosas”.

Após a denúncia do Gaeco/Mprj, a Justiça determinou o afastamento dos integrantes da organização criminosa de suas funções no Centro Comercial Uruguaiana, e ainda de um servidor municipal denunciado, de toda e qualquer atividade vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública e à Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização, sem prejuízo de sua designação para outra atividade administrativa, até o julgamento do mérito.

Por Agência Brasil

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