A Polícia Federal de Jales e o Ministério Público Estadual de Estrela d’Oeste (SP) deflagraram na manhã desta terça-feira (21) a Operação Catatau, que investiga a suspeita de desvios de recursos públicos durante gestão do ex-prefeito de Dolcinópolis (SP). Milhões de reais em pagamentos suspeitos, feitos durante a gestão dele, são investigados.
O ex-prefeito de Dolcinópolis, José Luiz Reis Inácio de Azevedo (PSDB) foi preso pela PF em Porto Seguro, na manhã desta terça-feira (21). Após o fim do mandato em 2016, ele mudou com a família e uma empregada para Porto Seguro. Nenhum advogado do ex-prefeito foi encontrado para falar sobre o caso.
O ex-prefeito abriu duas empresas naquela cidade, que também são alvos das buscas. A ex-tesoureira da prefeitura também é alvo de dois mandados de busca e apreensão em Fátima Paulista e Dolcinópolis (SP).
O delegado Cristiano Pádua da Silva diz que são investigados serviços, convênios, consultorias, compras e obras com pagamentos suspeitos. “São pagamentos com recursos provenientes da repatriação, recebidos do governo federal e usados nos últimos dias do ano de 2016. Em Dolcinópolis, estes valores foram pagos apenas a alguns servidores, ligados ao ex-prefeito, e fornecedores do município.”
Prisões preventivas
Um sócio do ex-prefeito, que é apontado como ‘laranja’, também foi preso em Dolcinópolis. Após o fim do mandato do ex-prefeito, este sócio voltou a polir veículos e atualmente faz bicos na cidade, sem emprego fixo. Na gestão do ex-prefeito, ele figurou como sócio em construtoras e empresas de consultoria, com capital social acima de R$ 1 milhão, que prestavam serviços para o município de Dolcinópolis.
Em Jales, a casa da irmã do ex-prefeito e de um médico (cunhado do ex-prefeito) foi vasculhada pelos federais em busca de provas de interesse das investigações. Eles também serão conduzidos coercitivamente para prestar esclarecimentos. Contadores, empresários e prestadores de serviços também estão entre os alvos da operação.
O ex-prefeito será conduzido por policiais federais em vôo de Porto Seguro até Rio Preto, onde deve chegar por volta das 19h e será escoltado em viatura até Jales para ser ouvido pelas autoridades responsáveis pelas investigações.