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Pesquisa revela que 60% dos brasileiros dizem ter perdido parente ou amigo próximo para a Covid

Imagem Pesquisa revela que 60% dos brasileiros dizem ter perdido parente ou amigo próximo para a Covid

Redação Publicado em 08/07/2022, às 00h00 - Atualizado às 17h04


O fenômeno da rejeição ao presidente e pré-candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, é multifatorial, e os efeitos da pandemia de Covid-19 fazem parte do índice que chegou a 55% dos que dizem não votar no presidente de jeito nenhum, segundo o Datafolha divulgado no fim de junho. O ex-presidente Lula (PT) tem 35% de rejeição na mesma pesquisa.

Novos dados da pesquisa “A cara da demoracia”, que fez entrevistas presenciais em todas as regiões do Brasil, mostram que 60% dos entrevistados disseram que perderam “algum parente ou amigo próximo para a Covid-19”, ante 40% que responderam negativamente.

A pandemia de Covid-19, declarada oficialmente em março de 2020, já deixou mais de 673 mil mortos no Brasil, apontam números consolidados pelo consórcio de veículos de imprensa que condensa informações sobre a pandemia a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Com o discurso de prescrever remédios ineficazes contra o coronavírus, sabotagem de medidas de distanciamento social que vinham sendo aplicadas internacionalmente e sob acusações de atrasar a compra de vacinas que poderiam ter freado a letalidade da doença, o presidente pode ter um alto custo a pagar para os 60% dos eleitores que perderam entes ou amigos para a doença que vem mudando o mundo desde 2020.

Avaliação do governo Jair Bolsonaro — Foto: Pesquisa "A cara da democracia" Editoria de Arte

Avaliação do governo Jair Bolsonaro — Foto: Pesquisa “A cara da democracia” Editoria de Arte

A rejeição ao govenro tem se mantido estável, indicou ainda a pesquisa “A cara da democracia” deste ano, feita em junho. Nela, o governo Bolsonaro teve avaliação ruim/péssima de 50% – assim como em 2021 e em 2019 (em função da pandemia de covid-19, a sondagem em 2020 foi realizada por via telefônica, com métodos não comparáveis aos dos demais anos). Consideraram o governo ótimo ou bom 23% dos entrevistados, e regular, 27%.

A pesquisa “A cara da democracia” foi feita pelo Instituto da Democracia (INCT/IDDC), com 2.538 entrevistas presenciais em 201 cidades, em todas as regiões do país. A margem de erro total é de 1,9 ponto percentual, e o índice de confiança é de 95%. INCT/IDDC, com as universidades UFMG, Unicamp, UnB e Uerj/CNPq/Fapemig. A edição de 2022 está registrada no TSE sob o número BR-08051/2022.

G1
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