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Pedidos de internação em hospitais de Bauru serão feitos de forma regional

Secretaria Estadual de Saúde apresentou na segunda-feira (2), em Bauru, um projeto que pretende resolver o problema da falta de leitos de internação na

Pedidos de internação em hospitais de Bauru serão feitos de forma regional
Pedidos de internação em hospitais de Bauru serão feitos de forma regional

Redação Publicado em 05/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h33


Secretaria Estadual de Saúde apresentou na segunda-feira (2), em Bauru, um projeto que pretende resolver o problema da falta de leitos de internação na região. Vários prefeitos e gestores de saúde participaram do encontro.

Pela proposta, os pedidos de internação teriam uma regulação regional, ao invés de serem encaminhados à Central Reguladora de Vagas (Cross) que fica em São Paulo e passaria a valer em 60 dias.

“Há uma necessidade de reorganização desse sistema uma vez que a demanda não está sendo contemplada. A oferta de serviços está aquém da demanda”, explica o diretor técnico da Diretoria Regional de Saúde (DRS-6), Paulo Eduardo de Souza.

Isso significa que os pedidos de internação das 68 cidades gerenciadas pela DRS-6 não seriam mais encaminhados à Cross, em São Paulo.

“Esse é um problema que todos os prefeitos passam – ter vagas de internação – e essa regulação de vagas fica na Cross em São Paulo, com a dificuldade de não conhecer a realidade da região, então isso dificulta muito para as prefeituras, principalmente para as secretarias de saúde”, ressalta o prefeito de Bauru (SP), Clodoaldo Gazetta.

O novo sistema de regulação prevê uma interação direta entre os municípios e os hospitais administrados pelo estado. A cada período, a quantidade de leitos disponíveis será atualizada e administrada por esse complexo regulador que deve funcionar dentro do Copom, o Centro de Operações da Polícia Militar.

“É um serviço que tem profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, dentistas, farmacêuticos, que recebem as chamadas da população e a partir daí eles avaliam necessidade e risco pra poder encaminhar pro melhor local e na melhor hora”, reforça o coordenador do curso de medicina da USP, José Sebastião dos Santos.

A regulação pode contemplar também as vagas do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, a USP. Uma forma de suprir o déficit atual que chega a 200 leitos.

“A proposta dos municípios é de que essa regulação, essa co-gestão de estados e municípios, com uma participação técnica da universidade favorecer e diminuir o tempo de espera para internação, para urgência e para exames”, ressalta o secretário municipal de saúde, José Eduardo Fogolin.

De acordo com a proposta, o complexo de regulação vai abranger 68 cidades das regiões de Bauru, Avaré, Botucatu, Lins e Jaú, o que corresponde a uma população em torno de 1,6 milhão habitantes. O próximo passo é que os prefeitos dessas cidades assinem uma carta de intenção, que será enviada junto com o projeto ao secretário estadual de saúde, nos próximos 15 dias.

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