Tesla é processada por vazar vídeos privados de clientes feitos com as câmeras dos carros

A Tesla, empresa do bilionário e atual dono do Twitter Elon Musk, está sendo processada por invasão de privacidade.

Isso porque, recentemente, veio à tona que alguns funcionários compartilharam internamente certas imagens "sensíveis", gravadas por câmeras dos carros.

Para quem não sabe, os veículos da marca, que são elétricos, possuem diversos sensores e sistemas de câmeras; tudo isso para que a direção possa ser realizada de maneira segura, de modo a diminuir os riscos para o motorista.

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Um documento divulgado pela agência Reuters, revelado ao público na última quinta-feira (06) e traduzido pelo G1 nesta terça (11), trouxe depoimentos de clientes que tiveram suas imagens pessoais vazadas pelos funcionários da companhia.

Segundo as falas dos afetados, certos trabalhadores da empresa acessaram essas imagens "não com o objetivo declarado de comunicar, oferecer serviços e melhorar os sistemas de direção dos veículos Tesla", mas "para diversão de mau gosto e criminosa de funcionários da Tesla, e possivelmente pessoas de fora da empresa".

Além disso, conforme explicado pela reportagem do veículo internacional mencionado acima, os indivíduos que trabalham na firma de Elon Musk espalharam "gravações de clientes da Tesla em situações privadas e embaraçosas".

O documento ainda mencionou um exemplo e vídeo vazado. "Como, por exemplo, o vídeo de um homem que se aproxima completamente nu de um veículo Tesla, vídeos de acidentes e agressões na rodovia".

Segundo informações da Reuters, através da localização dos vídeos, disponibilizadas pelo veículo, seria possível identificar o dono do veículo; a ação sinalizada, inclusive, que este fato vai contra uma afirmação da empresa.

Os clientes estão solicitando uma indenização e acusando a companhia de alguns crimes, como: invasão da vida privada, descumprimento da legislação sobre o direito dos consumidores, quebra de contrato e negligência. 

A Tesla e nem Elon Musk não tinham se pronunciado sobre a situação até o momento de publicação desta reportagem. O caso segue sob investigação das autoridades responsáveis.