A Polícia Federal de Jales (SP) concluiu as investigações no inquérito que apura o desvio de verbas do Hospital do Câncer na cidade. A PF pediu o bloqueio de bens dos ex-funcionários suspeitos. O inquérito será encaminhado para o Ministério Público Federal.
Desde o início das investigações, a Polícia Federal teve o apoio da direção do Hospital do Câncer de Barretos (SP) para apurar o caso. De acordo com o inquérito, o ex-diretor do hospital liderava o esquema. Ele e dois ex-funcionários, um da administração e outro do setor de informática, abriram empresas que prestavam serviços para entidade.
A investigação descobriu uma série de pagamentos fraudulentos. No setor de informática, por exemplo, havia um contrato para pagar pelo serviço para um funcionário que já recebia para isso. Vários contratos foram apreendidos e passaram por perícia.
A Polícia Federal apreendeu cinco carros, documentos, R$ 5 mil em dinheiro e um cofre, que estavam com esses três ex-funcionários. Foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão em três cidades do Estado. Os suspeitos foram presos em Sumaré (SP), na região de Campinas, em Barretos (SP) e em Jales.
Os três ex-funcionários, detidos durante essa operação, continuam presos em Riolândia (SP). A polícia também pediu para que a Justiça autorize a doação dos carros apreendidos no decorrer dessa investigação, que foi chamada de “Corrente do Bem”. Esses veículos, segundo a polícia, eram usados para prestar serviços ao hospital em contratos superfaturados. Os três presos serão indiciados por estelionato e associação criminosa.