Prometido para ter sido entregue até 2020, o Parque Augusta, no Centro de São Paulo, deverá ficar pronto para receber a população no segundo semestre deste
Redação Publicado em 24/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h25
Prometido para ter sido entregue até 2020, o Parque Augusta, no Centro de São Paulo, deverá ficar pronto para receber a população no segundo semestre deste ano. A nova previsão foi informada neste domingo (23) pela Prefeitura de São Paulo.
“A Prefeitura de São Paulo informa que a inauguração está prevista para o segundo semestre”, diz nota encaminhada pela assessoria de imprensa à reportagem.
Em agosto do ano passado, o então prefeito Bruno Covas (PSDB) havia dito que o parque municipal seria entregue até o fim de 2020. A entrega também estava prevista no Plano de Metas para a gestão de 2020, mas não foi cumprida.
Covas morreu no último dia 16 de maio, vítima de um câncer. O vice Ricardo Nunes (MDB) assumiu a prefeitura desde então.
As obras do Parque Augusta começaram em outubro de 2019. Em dezembro daquele ano, a Prefeitura de São Paulo apresentou ao Ministério Público (MP) o projeto do parque. A proposta era de que ele tivesse 23 mil m² e contasse com cachorródromo, redário e academia para terceira idade.
Mas em janeiro de 2020, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) solicitou à Prefeitura a paralisação das obras para investigar um sítio arqueológico encontrado nas escavações que poderia conter vestígios de populações indígenas. As obras foram retomadas após um acordo para acompanhamento arqueológico.
Em janeiro de 2020, Iphan pediu paralisação das obras do Parque Augusta após possíveis vestígios arqueológicos
O terreno do Parque Augusta pertencia as construtoras Setin e Cyrela, que doaram o local à municipalidade. A escritura foi assinada em abril de 2019.
Para que a doação fosse realizada, a Prefeitura de São Paulo e as construtoras firmaram um acordo. Os termos da negociação previam a transferência do terreno por doação ao município em troca de quatro declarações de potencial construtivo passível de transferência – ou seja, as empresas poderão construir em outra área aquilo que chegou a ser autorizado para ser levantado no Parque Augusta.
Em novembro do ano passado, a Justiça extinguiu a última ação popular que impedia que o acordo para a criação do Parque Augusta fosse concluído e saísse do papel.
As construtoras irão gastar R$ 9,85 milhões com obras como a restauração da portaria e da edificação do antigo Colégio Des Oiseaux, que fica dentro do terreno, e a construção do Boulevard Gravataí – que liga o parque à Praça Roosevelt. O dinheiro também será usado para a manutenção do parque por dois anos.
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