Diário de São Paulo
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Pai é condenado a 10 anos e 10 meses de prisão por mandar matar filha no ‘crime do papai noel’

O empresário Rogerio Grembecky Archilla foi condenado a uma pena de 10 anos, 10 meses e 20 dias de prisão por mandar matar a filha Renata Archilla em 2001 em

Pai é condenado a 10 anos e 10 meses de prisão por mandar matar filha no ‘crime do papai noel’
Pai é condenado a 10 anos e 10 meses de prisão por mandar matar filha no ‘crime do papai noel’

Redação Publicado em 02/02/2017, às 00h00 - Atualizado às 18h28


Renata Archilla acusava o pai, Renato Grembecky Archilla e o avô, de contratar um homem vestido de papai noel para matá-la.

O empresário Rogerio Grembecky Archilla foi condenado a uma pena de 10 anos, 10 meses e 20 dias de prisão por mandar matar a filha Renata Archilla em 2001 em um caso que ficou conhecido como ‘crime do papai noel’. Renata sobreviveu a um atentado em que levou três tiros.

O julgamento começou na quarta-feira (1º) e terminou na tarde de quinta-feira (2) no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Ele vai poder recorrer em liberdade. Os jurados consideraram as qualificadoras como crime torpe e sem possibilidade de defesa. Renato Archilla teria mandado matar a própria filha para que ela, fruto de um relacionamento não reconhecido, não recebesse a herança.

Na sentença, a juiza destacou que o crime ocorréu há 16 anos, o réu é primário, de bons antecentenes, tem residência fixa e não se furtou em nenhum momento à aplicação da lei, por isso permitiu que ele recorresse em liberdade.

Archilla foi acusado junto com o pai dele, Nicolau Archilla Galan, de contratar o então policial militar José Benedito da Silva, que fez vários disparos contra Renata Archilla em um semáforo no bairro do Morumbi. O policial vestia uma roupa de papai noel. Silva já condenado a 13 anos de prisão.

O pai e o avô de Renata chegaram a ser presos em 2008, mas cumpriam prisão domiciliar. Nicolau morreu ano passado.

Sete testemunhas foram ouvidas, entre elas Renata Archilla. Ela disse que o pai e a mãe dela namoraram por dois anos e ambos decidiram pela gravidez. Quando Renata nasceu, o pai não reconheceu a paternidade. Foram 12 anos na Justiça para ela poder ter o sobrenome do pai no documento de identidade. Depois houve um novo processo de pensão alimentícia.

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