Mitsubishi Eclipse Cross: primeiras impressões
Redação Publicado em 26/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h30
Mitsubishi Eclipse Cross: primeiras impressões
O que você acharia se daqui algum tempo a Ford resolvesse relançar o Mustang como um SUV? Ou se o Chevrolet Camaro virasse um modelo encorpado como o Equinox?
Isso pode parecer algo distante de virar realidade, mas é exatamente o que a Mitsubishi fez com o novo Eclipse Cross ao resgatar o nome do esportivo que fez fama no passado.
Veja os preços do Eclipse Cross:
Entre os anos 80 e 2000, o modelo fez sucesso e chegou a aparecer no filme “Velozes e Furiosos”, com sua 2ª geração, até sair de linha em 2011, depois de 4 gerações.
Ganhando o sobrenome Cross no início de 2017, o Eclipse se tornou um carro totalmente diferente, para embarcar no segmento dos SUVs.
A pré-venda já teve início em site criado pela empresa, mas as primeiras unidades chegam às lojas do Brasil em novembro.
Posicionado entre o ASX, que acabou de ser renovado, e o Outlander, ele chega para, segundo a montadora, ser um rival para o Jeep Compass, atual líder do segmento. Outros possíveis concorrentes, pelo porte, são Hyundai Tucson e Kia Sportage.
O preço inicial do modelo, que é importado do Japão, é o mais caro, mas o SUV também traz um dos pacotes mais completos do segmento.
O Jeep Compass, em sua versão limited 2.0, tem um preço inicial de R$ 139.990. É menor comparado ao do Eclipse Cross, mas para ter itens de tecnologia e comodidade similares ao do rival da Mitisubishi, é preciso adicionar mais R$ 11 mil do pacote Pack High Tech, chegando a R$ 150.990.
Se algo restou do antigo carro no Eclipse Cross, podemos encontrar isso em certa dose no motor turbo.
Bem longe do V6 3.0 de 210 cavalos das 2ª e 3ª gerações do coupé, o SUV utiliza o turbo de uma outra maneira. A ideia agora é aproveitar sua força extra para poder reduzir o motor, que, no Cross, é um 1.5 de 4 cilindros que desenvolve 165 cavalos e 25,5 kgfm de torque. E só “bebe” gasolina.
Ele trabalha em conjunto com o câmbio CVT automático, o que pode ser considerado um sacrilégio aos puristas fãs de esportivos.
Mas, na prática, tanto a transmissão quanto o motor foram escolhas bem racionais, para deixar o modelo mais econômico.
Com uma ampla faixa de torque, que apresenta sua força máxima entre 1.800 e 4.500 rotações por minuto, o Eclipse Cross tem uma dose de esportividade no motor.
As acelerações também podem ficar mais divertidas com uso das borboletas atrás do volante para trocas manuais de marcha. O sistema simula 8 marchas e não compromete.
Utilizando sistema McPherson na dianteira e multilink na traseira, as suspensões são firmes, porém, sem ser duras demais, o que torna o Eclipse Cross estável nas curvas. A carroceria também não tende a ter muita rolagem lateral, o que aumenta a sensação de estabilidade.
Não existe muito o que escolher na hora de comprar o Eclipse Cross. São apenas duas versões: HPE-S e HPE-S S-AWC. A única diferença está no sistema de tração 4×4, presente na opção topo de linha, HPE-S SAWC, que foi a avaliada pelo G1.
O sistema de tração integral, uma das principais bandeiras da Mitsubishi, funciona o tempo todo, calculando a quantidade de força transmitida para as rodas.
Além de ajudar a manter a estabilidade em uma pista escorregadia, a tração 4×4 mostrou sua eficiência no trecho de terra durante a avaliação, garantindo a passagem tranquila por lama e também pista inclinada.
É possível escolher entre 3 modos de condução: Auto, Snow e Gravel. A primeira é a para uso cotidiano, em condições normais de pista, enquanto a Snow, pode ser uma opção para asfalto escorregadio. Para completar, Gravel tem foco em deslocamentos off-road.
Pela diferença de preços entre o Eclipse Cross com tração integral e o modelo sem, para um veículo na faixa dos R$ 150 mil, a opção com 4×4 acaba sendo a mais sensata.
Além do S-AWC, o Eclipse Cross tem uma verdadeira “sopa de letrinhas” entre os dispositivos eletrônicos de segurança e comodidade. Além de partida por botão, controle de tração e de estabilidade, e assistente de partida em rampa, o SUV conta com piloto automático de velocidade adaptativo (ACC).
Ele é opcional nas versões mais caras do Compass, elevando em R$ 11 mil o valor da Limited, por exemplo, que passa a ter quase o mesmo preço inicial do Eclipse: R$ 150.990.
O sistema permite fazer um “pareamento” com o carro da frente, permitindo ao Eclipse frear sozinho, até mesmo parar, e acelerar novamente quando o outro veículo andar.
A sensação de deixar o carro andar e parar sozinho é um pouco estranha no começo, mas mostra muita praticidade, principalmente no para e anda do trânsito.
Sensores também avisam a presença de outro carro em ponto cego (BSW), saída da faixa de rolagem (LDW) e sobre a necessidade de uma frenagem de emergência (FCM).
Isso aconteceu no percurso quando o trânsito parou na rodovia, devido a obras, e o carro indicou uma aproximação perigosa a um carro à frente, dando avisos luminosos e sonoros.
Caso o motorista não realize a frenagem, o próprio carro tem a capacidade de frear sozinho em um momento de risco.
Para visualizar as informações do carro também é possível utilizar o Head Up Display, visor extra na parte de cima do painel que mostra informações na altura de visão do motorista.
Não dá para reclamar do tratamento recebido no interior do Eclipse. É possível notar que todo o acabamento é bem feito, mas nada é extravagante.
Os bancos são de couro de série e com ajuste elétrico para o motorista. O ar-condicionado é digital em duas zonas e há 7 airbags no total.
Na questão de espaço, por outro lado, o porta-malas dele só é maior que do Compass, considerando os principais rivais.
De cara, o visual da traseira certamente é o que mais chama a atenção no carro. Lembrando um pouco o Volvo XC60 ou até mesmo o Citröen C4 VTR, ela tem o vidro repartido, com a lanterna avançando e recortando o seu centro.
A ideia pode agradar a alguns e a outros nem tanto. Mas o resultado dá certa “leveza” e esportividade ao carro, dando a impressão de o carro ser um pouco menor do que é.
Do lado de dentro, olhar pelo retrovisor central dá, em um primeiro momento, a sensação de estranheza pelo recorte no vidro, apesar de a área de visualização ser ampla.
A expectativa da Mitsubishi é vender cerca de 300 unidades por mês, bem longe das 5 mil unidades vendidas por mês pelo líder Compass. Quem sabe se a produção do Eclipse Cross se tornar nacional, algo que a montadora estuda, esse número possa aumentar.
Apesar de o modelo se destacar com um dos pacotes mais completos da categoria, enquanto for trazido do Japão, o preço pode ser um empecilho para enfrentar os rivais.
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