Uma família de Mairinque (SP) denunciou à polícia a morte de um bebê após o parto na madrugada de sábado (19), na Santa Casa de São Roque (SP). De acordo com
Redação Publicado em 22/08/2017, às 00h00 - Atualizado às 17h41
Uma família de Mairinque (SP) denunciou à polícia a morte de um bebê após o parto na madrugada de sábado (19), na Santa Casa de São Roque (SP). De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela família, a criança sofreu uma lesão grave no pescoço durante o parto normal, que levou à morte três horas depois de nascer. Eloah Christine da Silva foi sepultada em Mairinque, no sábado.
A certidão de óbito da criança foi registrada como causa da morte desconhecida. Conforme a Polícia Civil, o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) pode constatar a causa da morte. O laudo demora, pelo menos, dez dias.
Já a Santa Casa de São Roque informou que abriu uma sindicância para apurar o caso e que se solidariza com a família.
Ao G1, a mãe da criança, Roseli Pereira da Silva, de 43 anos, contou que deu entrada na unidade na sexta-feira (19) com fortes dores, por volta das 11h. No local, ela teria sido orientada por um médico obstetra a voltar para casa e que o incomodo “seria por conta de gases”.
“Eu sentia dores a cada dez minutos, doía muito e não conseguia voltar para casa daquele jeito. Mesmo o médico dizendo que não estava na hora da minha filha nascer, a minha família não deixou que eu fosse liberada”, diz.
A diarista, então, ficou em observação médica e sendo medicada com soro. Mais à noite houve a troca de plantão entre os médicos e uma nova tentativa por parte da família em resolver o problema da gestante, que havia pedido o procedimento de cesárea para retirar a criança.
“Eu tinha indicação da ginecologista do postinho da cidade, que acompanhou minha gravidez, para que o parto fosse cesárea, não natural. Acho que por conta da minha idade, poderia ser um parto arriscado.”
“Não estava aguentando mais, não tinha forças e o bebê não saía. Quando eu escutei o médico pedindo para pegarem [o aparelho] eu pedi: ‘pelo amor de Deus que não usasse’. Foi horrível”, conta.
Ainda segundo relatado pela mãe e registrado no boletim de ocorrência, a menina teve uma fratura no pescoço e sobreviveu durante três horas com uma tala no pescoço e respirando com ajuda de aparelhos. “Vi que ela não tinha chorado e pedi para vê-la. Foi nesse momento que ouvi o médico dizendo: ‘Tirem essa criança daqui’. Nem o raio X me mostraram.”
Roseli continua internada no hospital e não tem previsão de alta. Conforme a diarista, ela está com diversos hematomas nas partes íntimas após passar pelo procedimento.
O boletim de ocorrência foi registrado pela família nesta segunda-feira (21) e o caso será investigado.
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